Na estreia do horário eleitoral gratuito no segundo turno, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) partiu para o ataque contra o PT e seu adversário, Fernando Haddad. Já o programa do petista no rádio ligou o concorrente à onda de violência gerada na campanha à Presidência da República e não citou, como havia feito no primeiro turno, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na TV, o ex-presidente apareceu discursando em favor de Haddad.
Na televisão, Bolsonaro repetiu o ataque contra o PT e Haddad que fizera na rádio. O programa citou o Foro de São Paulo, organização que reúne partidos de esquerda na América Latina, e relacionou o PT ao comunismo.
Também como no rádio, o programa veiculou declarações de pessoas procurando afastar as qualificações de racista e machista atribuídas a Bolsonaro. “Sou mulher e negra. PT nunca mais. A nossa bandeira é verde e amarela”, afirma uma apoiadora do deputado federal.
Na parte final, Bolsonaro é apresentado ao eleitor e reforça a questão feminina, com o choro do candidato ao relatar a reversão de vasectomia para que pudesse ter uma filha, no caso Laura, a única mulher após quatro homens.
Na abertura do programa de Haddad, a frase de Bolsonaro “nós vamos metralhar a petralhada aqui no Acre”, dita em um comício naquele estado, é citada como exemplo da incitação à violência por parte de seu adversário.
A morte do mestre de capoeira e produtor cultural Môa do Katendê, em Salvador (BA), com 12 facadas, e a cena mostrando apoiadores de Bolsonaro destruindo uma placa simbólica da vereadora assassinada Marielle Franco foram outros exemplos.
O programa trouxe também a ligação de Haddad com a família, o casamento de 30 anos e o pedido do candidato por paz, união e voto dos que optaram pelos adversários no primeiro turno. “Quero contar com todos que são a favor da democracia e dos direitos do povo”.