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Nº 2 da CPI das Bets pede que PGR investigue suspeitas de achaque a empresários

Na representação, Alessandro Vieira sustenta que entes privados podem responder por extorsão e os públicos, por improbidade administrativa

Por Ricardo Chapola
16 dez 2024, 19h18

Vice-presidente da CPI das Bets, o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) protocolou nesta segunda-feira (16) uma representação na qual pede que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue suspeitas da existência de um suposto esquema de achaque a empresários do ramo de apostas que estão na mira da comissão, conforme revelado por VEJA na semana passada. A reportagem mostrou que integrantes da CPI fizeram chegar à presidência do Senado denúncias já em posse da Polícia Federal (PF) de que Silvio Assis, um conhecido lobista de Brasília, estaria extorquindo os donos das casas de apostas em parceria com alguns parlamentares.

Um dos senadores que levaram a informação ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), foi Ciro Nogueira, suplente na CPI. Ele relatou a Pacheco suspeitas de que Assis, usando do argumento de ter boa relação com alguns congressistas, teria pedido 40 milhões de reais  a um empresário do setor para evitar que ele fosse convocado a prestar depoimento na CPI. O lobista, que já chegou a ser preso pela PF em 2018, negou qualquer envolvimento com o caso. “Isso é uma falácia”, afirmou.

“Os potenciais fatos relatados, em razão de sua inequívoca gravidade, merecem uma investigação imediata por parte desta PGR, de sorte que, caso confirmados, sejam adotadas as providências necessárias para a responsabilização dos agentes – públicos e privados – supostamente envoldidos”, escreveu Vieira no documento.

Na representação, o vice-presidente da comissão sustenta que, se a investigação confirmar as acusações, os agentes privados envolvidos no esquema poderão responder pelo crime de extorsão. “Exigir o pagamento de quantias vultosas para evitar que empresários sejam convocados a prestar depoimento em CPI é conduta apta a configurar aludido crime”, escreveu. Se a PGR comprovar a participação de entes públicos, diz o parlamentar, esses políticos poderão responder pelos crimes de extorsão e cometimento de improbidade administrativa.

Começo do fim

Após ter tido ciência das denúncias e em resposta às suspeitas do esquema de achaque, Rodrigo Pacheco sinalizou a membros da CPI que ajudaria em uma articulação cujo objetivo será encerrar os trabalhos do colegiado antes da data prevista. A comissão foi instalada em novembro e tem prazo para funcionar até abril do ano que vem.

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