O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou nesta quinta-feira, 13, que não faz “justiça vingativa”, sem citar diretamente as conversas vazadas em reportagens do site The Intercept Brasil.
Para o ex-juiz da Lava Jato em Curitiba, sua atuação no combate à criminalidade e à corrupção não é “uma espécie de justiça vingativa”, mas uma forma de proteger as pessoas. O ministro participou pela manhã, em Brasília, do lançamento do pacto nacional pela implementação do sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente vítima de violência.
“Quando eu fui convidado pelo [presidente] Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, houve uma convergência absoluta no que se refere às minhas intenções e às dele, de que o objetivo seria sermos firmes contra o crime organizado, corrupção e a criminalidade violenta. Para deixar tudo muito claro, tanto a minha visão quanto à do presidente, não é fazer isso por uma espécie de justiça vingativa, embora fazer justiça seja importante. Não evidentemente vingança”, disse.
Sem citar diretamente as denúncias de que teria atuado junto aos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, sugerindo que houvesse a inversão da ordem de operações e dando pistas de investigações, segundo publicação do The Intercept Brasil, Moro afirmou que sua atuação tem o objetivo “de proteger as pessoas e melhorar a qualidade de vida delas”. “E no âmbito dessas políticas o mais importante seja trabalhar com crianças e adolescentes que fazem parte dos extratos mais vulneráveis na nossa sociedade”, completou.