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Miro Teixeira: ‘Se o PSDB desembarcar, o Temer renuncia’

Decano do Congresso avalia que saída de tucanos impediria permanência do presidente; autor de emenda de eleições diretas, fala em 'acordo' multipartidário

Por Guilherme Venaglia
Atualizado em 18 Maio 2017, 12h28 - Publicado em 18 Maio 2017, 12h27
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  • Decano do Congresso Nacional, o deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ) afirmou que se for confirmada a possibilidade de o PSDB entregar os cargos no governo, o presidente Michel Temer estaria fadado a renunciar ao cargo. “A renúncia de Temer está nas mãos do PSDB. Se o PSDB desembarcar, Temer renuncia”, afirmou o deputado a VEJA.

    Na manhã desta quinta-feira, após as notícias de um pedido de prisão contra o senador Aécio Neves, a legenda decidiu destituir o mineiro do cargo de presidente do partido. Um dos três vice-presidentes do PSDB, o deputado Carlos Sampaio (SP) assumiu como presidente interino e pode optar pela saída da legenda do governo federal. Na avaliação do parlamentar da Rede, é o melhor que a legenda poderia fazer. “Permanecendo no governo, o PSDB só perde. Não tem nada a ganhar”.

    Miro Teixeira comentou a possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República antes de 2018. Autor de uma emenda constitucional que antecipa as eleições presidenciais, que pode ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira e aprovada em menos de um mês. Ele avalia também que Michel Temer poderia encaminhar uma nova proposta, para ser aprovada em um acordo entre parlamentares. Na avaliação do deputado, essa proposta poderia ser aceita como uma “renúncia pré-datada”, em que o presidente adiantaria a sucessão antes de deixar o cargo.

    O parlamentar completa que, no caso de o acordo ser bem sucedido, Michel Temer poderia renunciar na sequência, com o combinado de que os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (PMDB-CE), abdicassem. No cenário imaginado pelo deputado, o país poderia ser governado pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, enquanto prepara e realiza eleições diretas.

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