Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Ministro processará Braskem por vazamento do valor de indenização paga

A interlocutores, Renan Filho diz que divulgação de cifras pagas representa sua "revitimização"

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h33 - Publicado em 3 fev 2024, 19h52
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministro dos Transportes Renan Filho (MDB) decidiu processar a Braskem sob a alegação de que a empresa tornou público o valor que ele recebeu a título de indenização por ter um imóvel na região cujo solo afundou como consequência da extração de sal-gema pela petroquímica.

    Empresas e pessoas físicas que tinham propriedades nos bairros afetados, como é o caso do ministro, foram indenizadas, mas, segundo ele, os valores são confidenciais – e assim deveriam permanecer. Em documento a que VEJA teve acesso, a Braskem registra que Renan Filho recebeu pouco mais de 4,2 milhões de reais por ter tido de realocar a empresa Sistema Costa Dourada de Radiodifusão, que reúne rádios dele e da esposa, como uma afiliada da CBN.

    Diz a empresa: “Para que não haja prejuízos aos proprietários, a Braskem avalia e paga pelos imóveis pelo valor de mercado, desconsiderando os efeitos do fenômeno geológico, em conjunto com outros danos compensados. No caso do Sistema Costa Dourada de Radiodifusão LTDA, o valor pago pelo imóvel (…) foi feito em conjunto com outros danos compensados suportados pela empresa no valor total de R$4.225.898,24”. Não é só.

    Em ofício, a empresa também registra que o ministro e sua família receberam outros valores como parte do Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação, mas, por ordem judicial, as cifras são sigilosas. Renan Filho avalia que nenhum dos dois valores deveriam ter se tornado públicos por estarem abrigados por cláusulas de confidencialidade.

    A interlocutores, ele afirma que acionará a petroquímica judicialmente porque o vazamento dos valores pagos representam uma “revitimização” dele. Desde 2018 a população de Maceió identifica tremores no solo e rachaduras em edificações como consequência da atuação da Braskem na exploração de sal-gema. Em dezembro passado, parte de uma das minas cedeu.

    O desastre socioambiental deu tração para que o senador Renan Calheiros (MDB-AL), pai do ministro, conseguisse colocará de pé uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a responsabilidade da empresa no episódio e jogar luz sobre o acordo que a prefeitura da capital, comandada por João Henrique Caldas, aliado do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL), fechou com a petroquímica. Pelo acordo, a Braskem desembolsará 1,7 bilhão de reais em seis parcelas, sendo 1 bilhão este ano, quando haverá eleições municipais, e JHC, como o prefeito é conhecido, disputará a reeleição.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.