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Ministério do Esporte quer punir crime em ‘jogo do tigrinho’ no YouTube

Pasta pediu investigação da PF sobre esquema que envolveria crianças e adolescentes na exploração de jogos de azar

Por Ricardo Chapola
16 nov 2024, 10h24
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  • Secretaria Nacional de Apostas Esportivas e de Desenvolvimento Econômico do Esporte (SNAEDE) enviou nesta semana um ofício ao Ministério da Justiça que a existência de graves irregularidades em torno de contas e páginas do Youtube que estimulam apostas em jogos de azar na internet, em especial na plataforma que ficou conhecida como “jogo do tigrinho” – um programa que simula uma máquina caça-níquel.

    Para ganhar, o jogador precisa ter uma combinação de três figuras iguais em três fileiras que aparecem na tela. O “jogo do tigrinho” se popularizou no Brasil devido ao grande número de influenciadores digitais que divulgam a plataforma em suas páginas. A SNAEDE  listou 53 contas e 25 canais que têm feito esse tipo de promoção durante transmissões ao vivo.

    Ligada ao Ministério do Esporte, a secretaria pediu à Polícia Federal que entre no circuito e aprofunde as investigações sobre essa modalidade de jogo. No ofício, o órgão destacou que canais no Youtube prometem ao jogador lucro rápido e fácil, sem, no entanto, alertá-lo para a existência de riscos. A SNAEDE localizou algumas transmissões com mais de 200 mil espectadores. Jogos de azar são ilegais e proibidos no Brasil. A divulgação tem sido realizada em páginas mantidas por crianças e adolescentes.

    Fraude e crime 

    No levantamento, a secretaria também indicou que plataformas divulgadas por influenciadores recebem o dinheiro dos apostadores e desaparecem. Para a SNAEDE, desenvolvedores, influenciadores e anunciantes se beneficiam do esquema fraudulento.

    “Esses sites se escondem atrás de plataformas de redes sociais para aplicar golpes. Eles iludem as pessoas por meio de influenciadores, prometendo ganhos rápidos e dinheiro para pagar contas, ou ir ao mercado. Mas isso não é aposta, é crime contra a economia popular”, afirmou Giovanni Rocco, que comanda a secretaria do Ministério do Esporte. Usar crianças e adolescentes para a divulgação de jogos de azar também é crime.

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