O Ministério da Educação (MEC) vai reativar 3.182 bolsas de mestrados, doutorado e pós-doutorado, parte do montante de 5.613 que foi congelado, conforme anúncio feito pelo governo Bolsonaro na segunda-feira 2. Ao todo, 600 milhões de reais serão destinados a manutenção das bolsas vigentes e à oferta das novas bolsas.
Na semana passada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) havia anunciado o corte que atingiu as bolsas de pesquisa que não seriam renovadas. Com a garantia de mais recursos, a Capes voltou a garantir a oferta de parte delas. Os valores foram garantidos após negociação com o Ministério da Economia.
Em entrevista a VEJA, Anderson Correia, presidente da Capes e ex-reitor do Instituto de Tecnológico de Aeronáutica (ITA) disse que não acreditava nos cortes anunciados. Segundo Correia, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que proporia “um rearranjo do orçamento para o ano que vem, de modo a poupar a pós-graduação”.
Nesta quarta-feira, 11, Weintraub disse que as novas bolsas serão todas ofertadas em programas com notas 5, 6 e 7 – em uma escala que vai até 7 – nas avaliações da Capes. “São dos programas das melhores notas porque esses dão maior retorno para a sociedade”, afirmou.
“Como a gente não tinha a solução, a gente segurou. Encontramos a solução, estamos soltando 3.182 novas bolsas. As pessoas que já estavam fazendo pesquisa têm recursos para continuar recebendo até o final da pesquisa deles”, complementou.
Com o incremento de 600 milhões de reais, o orçamento da Capes para 2020, que estava previsto em 2,48 bilhões de reais, passa para 3,05 bilhões de reais, segundo o MEC.
(Com Agência Brasil)