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Major Olímpio considera demissão de Bebianno ‘absolutamente injusta’

Presidente do PSL paulista, senador afirmou que torce pela permanência do ministro, mas ressaltou que decisão final é de Jair Bolsonaro

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 18 fev 2019, 18h20 - Publicado em 18 fev 2019, 16h43
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  • O senador Major Olímpio, presidente do PSL em São Paulo, afirmou nesta segunda-feira, 18, que torce pela permanência de Gustavo Bebianno no posto de secretário-geral da Presidência da República e que considera injusta uma possível demissão. A exoneração de Bebianno, no entanto, é dada como certa no governo do presidente Jair Bolsonaro. O vice-presidente, Hamilton Mourão, declarou que “de hoje não passa”.

    “Estamos enxergando o óbvio neste momento. Pelo episódio em que foram colocadas eventuais prestações de contas e licitações de recursos em Pernambuco, a demissão do Bebianno seria uma coisa absolutamente injusta”, disse o senador a jornalistas, depois de participar de almoço na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

    “Eu continuo torcendo para que a decisão (do presidente Jair Bolsonaro) seja de permanência, mas é um cargo de confiança, a decisão é dele”, afirmou.

    Questionado sobre a atuação dos filhos de Bolsonaro no caso, Olímpio disse que “quem é filho e parlamentar faz a sua condução parlamentar e o papel de filho é ser carinhoso em todas as circunstâncias”. E acrescentou: “É preciso fazer uma modulação, para não haver equívoco em relação a esses papéis”.

    O senador disse ainda que não conversou com o presidente sobre o assunto, apenas mandou uma mensagem colocando-se à disposição para ajudar. Afirmou que falou com Gustavo Bebianno e aconselhou a ele “serenidade”.

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    Demora inadequada

    A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou que considera inapropriada a demora do presidente Jair Bolsonaro em tomar uma decisão a respeito da demissão ou não de Bebianno.

    “É inadequado que o presidente deixe essa situação se estender por tanto tempo. Decidiu demitir, demite, para gerar um pouco mais de estabilidade para o país”, disse. Janaina também participou do almoço da bancada paulista do partido com a Fiesp. “Porque (se tomar a decisão de forma rápida) não fica essa situação desconfortável para todas as partes, e de insegurança para o país.”

    Janaina evitou afirmar se é a favor ou não da demissão, argumentando que essa não é uma decisão que cabe a ela. No entanto, quis ressaltar, “para ser justa”, que Bebianno, no papel de presidente do partido, não tem controle sobre a maneira como o dinheiro do partido é distribuído na ponta final, em referência ao caso de candidatas laranjas.

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    “Do ponto de vista de uma ilicitude, eu não vejo uma responsabilidade dele. A responsabilidade da assinatura todo gestor tem. Pelo que veio à tona não tem ilicitude, então não justifica muito (a demissão)”, disse. “Eu atribuo esse episódio mais a uma questão pessoal do Bebianno com o presidente.”

    Para ela, parece haver um desgaste na relação dos dois. “Aparentemente não há mais confiança. Ele não está saindo ou vai sair por um caso de ilicitude, mas por perda de confiança”, afirmou.

    A deputada disse também que não acredita que haja um movimento de migração da família Bolsonaro para um novo partido que está sendo criado com a sigla UDN (União Democrática Nacional). “Eu estive com o Eduardo (Bolsonaro, deputado federal pelo PSL de São Paulo) e ele me disse que não existe isso”, explicou. “Se há, eu não estou sabendo”, acrescentou. Para Janaina, o ideal seria que o Brasil permitisse a candidatura avulsa, sem a necessidade de vinculação partidária.

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    ‘Queimadura de terceiro grau’

    Para a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), que também esteve presente no almoço da bancada paulista do PSL com a Fiesp, o governo Jair Bolsonaro está com uma “queimadura de terceiro grau”, após a crise interna gerada pelo episódio que envolve Bebianno. Joice teme, até mesmo, a postura de aliados do Congresso depois do que ela chamou de “fritura pública” de Bebianno.

    “Não se trata de ser contra ou a favor (de Bebianno), mas da forma como tudo foi conduzido. No Congresso e no partido há um clima de apreensão. Não se pode passar o recado a aliados de que essa fritura pública pode acontecer com qualquer pessoa”, disse. “Agora vamos ver como vamos colocar uma gaze úmida nessa queimadura de terceiro grau”, comentou.

    Para ela, a situação que se criou é delicada e desnecessária. “Poderia demitir quem quer que fosse, inclusive o Bebianno, mas chama entre quatro paredes, manda embora e acabou”, declarou a deputada, que afirmou ter dito ao presidente que comunicação não é o que ele diz, mas o que as pessoas entendem.

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    Joice afirmou também que seria ingênua se não admitisse o risco de uma retaliação de Bebianno. “Ele não disse nada publicamente, mas mesmo o cachorro mais leal, se você chuta uma, duas, três vezes, na quarta ele te morde”, comentou.

    Na opinião dela, há tempo de evitar dano maior. “Isso gerou fratura no núcleo duro do governo, cabe agora construir uma saída”, acrescentou a deputada.

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