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‘Lula Livre’ deve se tornar ‘campanha muito maior’, diz Lula no Recife

Ex-presidente pediu que militância lute pela anulação dos processos que correm contra ele na Justiça e atacou Moro, Lava Jato e Bolsonaro

Por Da redação
Atualizado em 21 nov 2019, 17h13 - Publicado em 17 nov 2019, 22h26

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou neste domingo, 17, de um festival em sua homenagem no Recife. Para os dezenas de milhares de simpatizantes que estavam no local, o ex-mandatário afirmou que a campanha “Lula Livre” precisa evoluir para “uma campanha muito maior” e atacou o ministro da Justiça, Sergio Moro, e a Operação Lava Jato.

“Agora, a campanha ‘Lula Livre’ tem que se transformar em uma campanha muito maior, porque o que nós queremos é a anulação da safadeza dos processos contra nós”, exortou o ex-presidente. “Apresentem provas contra mim e me condenem e aí não faço mais discurso contra vocês”, disse.

“Adoraria estar com [Sergio] Moro e [Deltan] Dallagnol para discutir quem é safado nesse país”, afirmou ainda, em referência à possível suspeição do ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça, que pode analisada ainda neste ano pelo Supremo Tribunal Federal.

“Depois de passar 580 dias [preso] (…), depois de tanta gente se mobilizar pelo país, eu queria dizer: a luta não acabou. Não há como acabar uma luta porque a cada dia nós queremos mais”, afirmou ainda diante de um público entusiasmado, que o ovacionava aos gritos de “Lula, guerreiro do povo brasileiro”.

No seu primeiro ato de rua no nordeste desde sua libertação, Lula voltou a atacar Moro, o procurador Deltan Dallagnol, a Operação Lava Jato e o presidente Jair Bolsonaro. “Eles estão destruindo o país em nome do quê?”, afirmou. “Eles estão fomentando a milícia em nome do que neste país?”

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Dezenas de milhares de pessoas assistiram ao Festival Lula Livre, que reuniu desde o início da tarde no centro histórico de Recife muitos artistas e bandas locais, como Chico César, Francisco el Hombre e Lia de Itamaracá.

Lula cumpriu desde abril de 2018 pena de oito anos e dez meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, mas foi libertado em 8 de novembro após a decisão do STF de derrubar a prisão em segunda instância.

Neste domingo, o ex-presidente também publicou em sua conta no Twitter um agradecimento público ao ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado à Presidência da República em 2018 Fernando Haddad (PT).

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“Eu quero agradecer o Fernando Haddad, de coração. Eu pedi pra ele ser candidato e ele foi. Agradeço a dignidade que você teve de representar o povo brasileiro”, tuitou Lula no começo da noite.

Haddad substituiu o ex-presidente da corrida presidencial como candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) depois que a Justiça Eleitoral declarou Lula inelegível com base da lei da Ficha Limpa. Dias depois da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em setembro de 2018, o PT passou a usar o mote “Haddad é Lula” em suas propagandas.

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Esta semana, Lula também participou de reunião do Partido dos Trabalhadores em Salvador. O ex-presidente falou sobre o período na prisão, as eleições municipais e o pleito presidencial de 2022, e atacou o presidente Jair Bolsonaro, como já havia feito no primeiro discurso, em Curitiba, logo depois de deixar a carceragem da Polícia Federal.

(Com AFP e Estadão Conteúdo)

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