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Lula diz que não vai a debate por conflito de agendas e novo candidato

Além de Lula, foram convidados Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Felipe D'Avila, padre Kelmon, Simone Tebet e Soraya Thronicke; fora o petista, todos deverão ir

Por Da Redação Atualizado em 23 set 2022, 22h03 - Publicado em 23 set 2022, 21h31

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 23, que não irá ao debate VEJA, neste sábado, 24, a partir das 18h15. VEJA integra, com SBT, CNN, Terra, NovaBrasil e Estadão/Eldorado, o maior pool de veículos da disputa eleitoral deste ano.

O petista argumentou ter problemas de agenda: “Eu adoraria participar porque eu tenho um profundo prazer de participar de debate, é bom. Lamentavelmente, o debate demorou um pouco. Quando veio a resposta do debate, eu já tinha agenda no Rio e em São Paulo”, afirmou.

Lula também usou a entrada de padre Kelmon (PTB) na disputa presidencial, após o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) ter ficado inelegível, como justificativa. Segundo ele, faltou tempo para estudar Kelmon, que foi oficializado candidato no início de setembro: “Tem gente nova que eu não conheço. Faz uma semana que entrou um candidato que eu sei nem quem é. Então, eu precisava estudar essa biografia desse cidadão, o histórico político dele, o que que ele já fez. É difícil fazer debate no escuro”.

Neste sábado, o candidato do PT terá dois comícios em São Paulo: de manhã na zona sul e à tarde na zona leste, ao lado de Fernando Haddad, candidato ao governo paulista. No domingo, vai ao Rio de Janeiro, para um ato com a presença do prefeito da capital fluminense Eduardo Paes (PSD).

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De acordo com a coluna Radar, Lula fez um cálculo político em que o desgaste por evitar o debate direto com outros presidenciáveis parecia mais “vantajoso” do que deixar de participar de eventos de campanha em Minas Gerais na reta final da busca pelo voto. Segundo aliados ouvidos pelo Radar, o petista está ciente de que sofrerá por causa da atitude — já atacada por todos os adversários dele –, mas o impacto “está precificado”. “Temos que fazer agenda de rua”, diz um petista.

Lula disse, no passado, que pensava em ir a três debates durante a campanha. Com a atitude, quebra a própria promessa e, com isso, evita o confronto direto com Jair Bolsonaro, que bateu forte no petista no programa da Band. Segundo Fábio Faria, o presidente vai participar do evento. Os petistas negam que o ex-presidente tenha desistido do debate para evitar o embate com Bolsonaro.

Além de Lula, foram convidados o presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Felipe D’Avila (Novo), padre Kelmon (PTB), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil). Tirando o petista, todos deverão ir.

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Lula está à frente das pesquisas, com possibilidade de vitória no primeiro turno. De acordo com o Índice VEJA, que reúne resultados de seis institutos e produz médias móveis com os desempenhos dos principais candidatos na disputa à Presidência, o candidato do PT lidera com 43,75% das intenções de voto, quase dez pontos à frente de Jair Bolsonaro, que tem 33,88%.

Conforme a coluna de Clarissa Oliveira, a campanha de Lula foi informada ainda em março deste ano sobre a formação de um pool de veículos de comunicação para a realização do debate que acontece neste sábado. Na época, o time petista, assim como todas as campanhas presidenciais convidadas, foram informados sobre a parceria firmada originalmente entre VEJA, SBT, NovaBrasil e Estadão/Eldorado, assim como sobre as datas escolhidas para a realização dos confrontos do primeiro e do segundo turno.

No fim de julho deste ano, quase dois meses antes da data do debate, a campanha petista também foi informada da ampliação do pool, com a entrada da CNN Brasil e do Terra.

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Confira a nota emitida pelo pool de veículos de comunicação:

O pool de veículos de comunicação formado por SBT, CNN Brasil, Terra, NovaBrasil, Estadão/Eldorado e Veja recebeu com surpresa nesta sexta-feira a declaração dada à imprensa pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para justificar a decisão de se ausentar do debate que será realizado amanhã, 24, às 18h15.

Diferentemente do que foi declarado pelo candidato, a formação do pool deu-se antes mesmo da sugestão feita por sua campanha, com a parceria firmada originalmente entre SBT, VEJA, NovaBrasil e Estadão/Eldorado, ainda em março deste ano.

Em 22 de março, os quatro grupos enviaram formalmente email às campanhas presidenciais, comunicando a realização do debate e informando as datas escolhidas para os confrontos do primeiro e do segundo turno.

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E, em 28 do mesmo mês, foi realizada a primeira reunião presencial com representantes dos candidatos convidados. A campanha de Lula esteve presente em tal reunião, assim como em todas as demais reuniões convocadas para discutir os detalhes e regras do debate.

O pool já existente foi ampliado posteriormente, com a entrada do Terra e da CNN Brasil, conforme anúncio feito em 29 de julho. Portanto, quase dois meses antes da data do debate.

O pool lamenta a decisão do candidato de não participar, por entender que o debate é um dos mais importantes instrumentos para fomentar a democracia e ajudar o eleitor na hora do voto.

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