Ao chegar a Genebra, na Suíça, nesta quinta-feira, 13, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), “tem o direito de provar que é inocente” após ser indiciado pela Polícia Federal. O petista afirmou que ainda deve conversar com o auxiliar sobre o assunto.
“Eu acho que o fato de o cara ser indiciado não significa que o cara cometeu um erro. Significa que alguém está acusando e que a acusação foi aceita. Agora, eu preciso que as pessoas provem que são inocentes, e ele tem o direito de provar que é inocente. Eu não conversei com ele ainda, eu vou conversar hoje e vou tomar uma decisão sobre esse assunto”, afirmou Lula.
O que diz a PF?
Os investigadores acusaram Juscelino de cometer os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Ele é suspeito de desviar emendas parlamentares para obras no interior do Maranhão. O caso envolve repasses para Vitorino Freire, cidade comandada pela irmã do ministro Luanna Rezende.
O que diz o ministro?
Em nota, o chefe das Comunicações negou qualquer irregularidade e afirmou que o relatório da PF repete o modus operandi da Operação Lava-Jato, que, segundo ele, “causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”. O ministro também disse que o indiciamento é “uma ação política e previsível”.
O que Lula fará na Europa?
Na Suíça, o presidente participa do lançamento da Coalizão para Justiça Social da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Depois disso, Lula e sua comitiva seguirão para a região de Puglia, na Itália, onde ocorrerá a Cúpula do G7, que engloba os países mais desenvolvidos do mundo, na sexta e no sábado.