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Lava Jato em SP faz buscas relacionadas a Paulo Preto

Ex-diretor da Dersa em governos do PSDB é suspeito de lavagem de dinheiro com o auxílio de familiares e prestadores de serviço

Por Leonardo Lellis 29 out 2019, 10h05
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  • A força-tarefa da Operação Lava Jato cumpre nesta terça-feira 11 mandados de busca e apreensão uma investigação que tem como alvo Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da Dersa (estatal de obras viárias do governo paulista). Segundo o Ministério Público Federal, Paulo Preto, como é conhecido, é suspeito do crime de lavagem de dinheiro em um esquema que contou com a participação de familiares e prestadores de serviço.

    São alvos das buscas familiares e e pessoas ligadas ao ex-diretor da Dersa, além de prestadores de serviço.A operação, denominada Pasalimani, faz buscas em endereços em São Paulo, Taubaté, Ubatuba, Taboão da Serra e Itapetininga. De acordo com o MPF, a investigações indicam a possível participação de Paulo Preto na “na gestão de pessoas jurídicas usadas para a prática de atos de lavagem, bem como em ocultação de documentos”.

    “A operação deflagrada na presente data decorre do aprofundamento das investigações quanto a atos de lavagem dos recursos ilícitos obtidos a partir dos delitos antecedentes já imputados a Paulo Vieira de Souza, em especial peculato e corrupção. O foco das investigações na presente fase são atos de lavagem cometidos dentro do território nacional, com o auxílio de terceiros ligados a ele e por intermédio sobretudo do uso de pessoas jurídicas”, diz o MPF.

    Apontado como operador financeiro do PSDB, Paulo Preto foi diretor da Dersa de 2005 a 2010, nos governos tucanos de Geraldo Alckmin e José Serra no estado de São Paulo, e está preso em Curitiba desde fevereiro deste ano, como desdobramento da 60ª fase da Lava Jato.

    Em março, Paulo Preto foi condenado a 145 anos e oito meses de prisão. Ele foi considerado culpado por supostos desvios de 7,7 milhões de reais, que deveriam ser destinados à indenização de moradores impactados por obras da Dersa. Ele também foi condenado a 27 anos e oito meses de prisão por acusação de cartel nas obras do trecho sul do Rodoanel.

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