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Juíza nega visitas de líderes de centrais sindicais a Lula

Sindicalistas queriam ver o ex-presidente na próxima quarta-feira (2), o dia seguinte aos atos de apoio ao petista no feriado do Dia do Trabalho

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 abr 2018, 22h28 - Publicado em 30 abr 2018, 20h38
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  • A juíza federal Carolina de Moura Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, negou nesta segunda-feira (30) novos pedidos de visita ao petista, preso em Curitiba desde o dia 7 de abril. Foram barradas as solicitações de seis líderes de centrais sindicais, que pretendiam ver Lula na quarta-feira (2), o dia seguinte às manifestações em solidariedade a ele previstas para amanhã (1º), no feriado do Dia do Trabalho.

    Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Adilson Gonçalves de Araújo, líder da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), José Calixto Ramos, da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Edson Cordeiro da Silva, da Intersindical, Antônio Carlos dos Reis, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), e João Carlos Gonçalves, o Juruna, da Força Sindical, queriam fazer a visita “na qualidade de representantes de centrais sindicais e amigos do executado”.

    Para Carolina Lebbos, contudo, o requerimento nem “sequer merece conhecimento”, porque os sindicalistas não informaram se tiveram a solicitação de visita negada pela Polícia Federal. Na última sexta-feira (27), a magistrada determinou que novos pedidos devem ser encaminhados à PF, em cuja sede Lula está preso, e que ela só deve ser consultada sobre o assunto se houver negativa da corporação.

    Ainda conforme a juíza no despacho de hoje, a solicitação é “incabível” pelos mesmos motivos que a levaram a barrar, na última segunda-feira (23), as visitas a Lula da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), do pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e do vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel, entre outros.

    Na decisão da semana passada, Carolina Lebbos entendeu que familiares do ex-presidente devem ter prioridade no contato com ele, enquanto o direito de visitação de amigos “poderá ser restringido em diversos graus”. “O alargamento das possibilidades de visitas a um detento, ante as necessidades logísticas demandadas, poderia prejudicar as medidas necessárias à garantia do direito de visitação dos demais”, escreveu a magistrada na decisão do último dia 23.

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    Atos pró-Lula no feriado

    Tendo como mote “Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre”, as sete maiores centrais sindicais do país marcaram um ato unificado em Curitiba nesta terça-feira (1º), feriado do Dia do Trabalho. A intenção é incorporar à pauta trabalhista o discurso petista de que o ex-presidente é um “preso político”.

    O ato em Curitiba está marcado para as 14 horas, na Praça Santos Andrade, no centro da cidade, a cerca de 9 quilômetros da sede da Superintendência da Polícia Federal, onde Lula está preso. Além dos discursos de aliados, também estão previstas apresentações culturais e shows de artistas como as cantoras Beth Carvalho, Ana Cañas e Maria Gadu e o rapper Renegado.

    Segundo as próprias centrais e o PT, a manifestação em Curitiba marcará a primeira vez desde a redemocratização em que as maiores entidades sindicais promovem um ato unificado. Estarão no palanque líderes de Força Sindical, CUT, CTB, NCST, UGT, entre outras, além das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular e de movimentos sociais aliados ao PT, como MST, MTST e UNE.

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