A deputado federal Joice Hasselmann (PSL-SP) reassumiu, na quarta-feira 4, a liderança do PSL na Câmara dos Deputados. Ela ocupará a função no lugar do deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP). A mudança ocorre após o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) suspender, por um ano, doze deputados bolsonaristas.
A troca na liderança da sigla na Câmara é mais um capítulo da disputa entre bivaristas e bolsonaristas pelo comando da sigla. A briga interna atinge o partido desde outubro do ano passado, quando o presidente Jair Bolsonaro, então filiado ao PSL, disse a um apoiador para “esquecer” a legenda.
Um dos episódios deste embate foi uma espécie de guerra de listas para a nomeação do líder do partido na Câmara – o parlamentar é escolhido mediante a apresentação de uma lista com a assinatura da maioria da bancada. Desde então, ocuparam a liderança do PSL os deputados Delegado Waldir (GO), Joice Hasselmann (SP) e Eduardo Bolsonaro (SP).
Desta vez, 21 parlamentares assinaram a lista de apoio a Joice, que está afastada de suas funções legislativas por dez dias, em razão de uma cirurgia de de histerectomia, a extração total do útero.
Na quarta-feira 4, Rodrigo Maia aceitou um pedido do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, e suspendeu, por um ano, os deputados federais Aline Sleutjes, Bibo Nunes, Carlos Jordy, Caroline de Toni, Daniel Silveira, General Girão, Filipe Barros, Cabo Junio, Hélio Lopes, Márcio Labre, Sanderson e Vitor Hugo, líder do governo na Câmara. Os parlamentares “ficam afastados de qualquer função de liderança e vice-liderança bem como ficam impedidos de orientar a bancada em nome do partido, representar a agremiação e de participar da escolha do líder da bancada durante o período de desligamento”.
A decisão também suspendeu as punições anteriormente aplicadas aos deputados Eduardo Bolsonaro, então líder do partido, Bia Kicis, Carla Zambelli, Alê Silva e Chris Tonietto. Na prática, a bancada do PSL na Câmara foi reduzida de 53 para 41 deputados.