Na iminência de ser demitido da Secretaria-Geral da Presidência, o ministro Gustavo Bebianno disse que está recebendo ameaças pelo WhatsApp. Elas teriam iniciado neste fim de semana, depois que a crise entre ele o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se agravou.
O ministro não deu mais detalhes sobre as ameaças, mas disse a interlocutores que já identificou algumas pessoas e que vai tomar providências.
Nesta segunda-feira, 18, os filhos de Bolsonaro voltaram a atacar Bebianno nas redes sociais. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) divulgou um link de um texto que chama o ministro de “traidor” e “funcionário incompetente”.
A crise atual começou com o vazamentos de áudios de WhatsApp feitos por Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, e por Bebianno. Na última quarta-feira, 13, o filho do presidente usou sua conta no Twitter para dizer que Bebianno mentia ao dizer que havia conversado no dia anterior com Jair Bolsonaro sobre as denúncias de uso de dinheiro público para abastecer candidaturas laranjas do PSL, partido do presidente. A mensagem foi endossada por Bolsonaro.
Com sua situação no governo Bolsonaro ainda indefinida, Bebianno permanece recluso nesta segunda-feira. A esperada exoneração ainda não foi publicada no Diário Oficial da União e, enquanto isso, ele continua no hotel em que mora em Brasília e não foi visto deixando o local.