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Gleisi defende processo contra Palocci no PT

Presidente da legenda diz que ex-ministro 'mentiu contra o partido". Ele pode ser expulso da sigla

Por Guilherme Venaglia, de Curitiba
Atualizado em 13 set 2017, 13h56 - Publicado em 13 set 2017, 13h49

A senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, afirmou nesta quarta-feira que Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, está respondendo a processo interno no partido. “Palocci mentiu contra o partido, o que fere o nosso estatuto”, justifica a senadora, que defende a a ação, mas garante que o ex-ministro terá direito a defesa. Gleisi, políticos ligados ao PT e cerca de 1.000 militantes aguardam a chegada de Lula à sede da Justiça Federal de Curitiba, onde Lula prestará depoimento ao juiz federal Sergio Moro hoje.

Se condenado, Antonio Palocci pode ser expulso do PT. Na semana passada, ele depôs a Moro e incriminou Lula na ação penal em que ambos são réus por supostas propinas da Odebrecht ao ex-presidente por meio de um apartamento vizinho ao dele em São Bernardo do Campo e um imóvel que seria sede do Instituto Lula. Palocci relatou a Moro um “pacto de sangue” entre o petista e o empresário Emílio Odebrecht, que envolveria um “pacote de propinas” a Lula, incluindo reformas no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), frequentado pela família do ex-presidente, e 300 milhões de reais para as “atividades políticas” dele depois de deixar o Planalto.

Em troca das vantagens indevidas, segundo o ex-ministro, Lula atuaria para atenuar a “tensão” entre a empreiteira e Dilma, que acabara de ser eleita presidente e já havia atuado contra os interesses da empresa em licitações para a construção de hidrelétricas no Rio Madeira.

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Em uma fala rápida à imprensa, Gleisi Hoffmann ainda disse ver relações entre a Operação Lava Jato e o fascismo. Na avaliação da presidente do PT, os fatos recentes a respeito da delação da JBS comprometem todas as delações e condenações relacionadas. “Se essa delação foi armada e combinada, porque outras não teriam sido”, afirmou a senadora.

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