O presidente nacional do PR e ex-ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR), pediu liminar em habeas corpus ao Tribunal Regional Eleitoral no Rio. Ele teve mandado de prisão expedido quarta-feira (22) pela Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes, norte fluminense, e é considerado foragido.
O pedido de prisão de Rodrigues foi no âmbito da Operação Caixa D’Água, a mesma que prendeu os ex-governadores do Rio Anthony e Rosinha Garotinho. Os advogados de Rodrigues, os criminalistas Daniel Bialski e Marcelo Bessa, afirmam que ele pretende se entregar, mas aposta no habeas para tentar derrubar o decreto de custódia.
O Ministério Público (MP) aponta que Garotinho e Rosinha teriam liderado uma organização criminosa, envolvendo empresários, políticos e secretários no período de 2009 a 2016, “cuja finalidade essencial era obter recursos financeiros para o financiamento das campanhas políticas do casal e do grupo a que pertenciam no Estado”.
A acusação contra Antônio Carlos Rodrigues é montada com base na delação premiada do executivo Ricardo Saud, do Grupo J&F, controlador da JBS. Ele disse que teria sido ajustado com o PT e com o PMDB, uma doação de 20 milhões de reais ao PR para a campanha de 2014 que visava reeleger Dilma Rousseff (PT).
A defesa de Rodrigues sustenta que ele está sendo “pré-julgado”. “O que se tem é que as justificativas apresentadas na vã tentativa de fundar a custódia de natureza processual atropelam a ordem natural da ação criminal penal, adentrando o próprio mérito da causa, prejulgando o paciente (Antônio Carlos Rodrigues) a partir de suposições e fatos desconexos, e tudo isso antes mesmo da própria inauguração do devido processo penal”, sustentam os advogados no pedido de liminar.