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Filho de Covas sobre Doria: É essa vergonha que será o governo?

Filho do ex-governador Mário Covas, vereador acusa assessor do sobrinho, o vice-prefeito Bruno Covas, de esvaziar encontro entre administração e o PSDB

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h37 - Publicado em 26 jun 2017, 14h52
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  • Filho do ex-governador Mário Covas, o vereador Mário Covas Neto, presidente municipal do PSDB em São Paulo, criticou a administração do prefeito da capital, João Doria (PSDB), pelo esvaziamento de um encontro que deveria ter sido realizado no sábado, entre membros da prefeitura e militantes do partido. “É desse jeito que vai ser o governo? É essa vergonha?” questiona, antes de dizer que a gestão do prefeito tem estado distante do partido. “Para os aliados, tudo e para o PSDB, nada”, conclui.

    As afirmações foram feitas em um vídeo, divulgado no Twitter do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP). A assessoria do vereador confirmou a autenticidade da gravação, mas ressaltou que esta foi enviada a um grupo interno do PSDB e que não deveria ter vindo a público.

    A reunião citada, agendada para o Clube da Eletropaulo, na zona sul da capital, era o primeiro de uma série de encontros entre os prefeitos regionais e os diretórios municipais. Estavam previstos o comparecimento dos responsáveis por quatro distritos: Cidade Ademar, Capela do Socorro, Santo Amaro e Parelheiros. Segundo Covas Neto, no vídeo, a ausência destes na reunião foi articulada por Fábio Lepique, secretário-adjunto das Prefeituras Regionais, pasta comandada pelo seu sobrinho, o vice-prefeito Bruno Covas (PSDB).

    “É uma vergonha que encontros do partido com o governo tenham sido esvaziados deliberadamente. Uma vergonha chegar ao local e, dos quatro prefeitos regionais, nenhum estar presente”, atacou o presidente municipal do PSDB. Ele ainda criticou a diferença de tratamento do grupo de Doria para com os diretórios entre antes e depois da campanha. Quando disputava com o ex-vereador Andrea Matarazzo, hoje no PSD, a indicação do partido para a Prefeitura de São Paulo, o atual prefeito fez diversas visitas às sedes regionais da legenda. “Na época da campanha, os diretórios foram ouvidos, foram consultados, seduzidos. Na hora de prestar contas, de fazer uma administração do PSDB, as pessoas se omitem”, criticou Covas Neto.

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    “Não tem o que mostrar? Não está disposto a escutar reclamação? Se fosse de outro partido, estaria todo mundo lá”, concluiu. Esse é um segundo estremecimento entre o filho de Mário Covas e o prefeito de São Paulo. Em janeiro, ele criticou o fato de ter sido preterido na disputa pela presidência da Câmara Municipal, na qual Doria apoiou Milton Leite (DEM), que acabou eleito. A época, Covas Neto se manteve como candidato, mesmo com a preferência do prefeito pelo democrata, e acabou sendo o único a votar em si mesmo.

    Procurado, o vice-prefeito Bruno Covas disse que não vai se manifestar. O secretário-adjunto de Prefeituras Regionais, Fábio Lepique, afirmou, em nota, que “na função de secretário-adjunto de Prefeituras Regionais,. não posso concordar que o vereador Mario Covas Neto convoque prefeitos regionais para reunião partidária sem articular isso com os próprios prefeitos regionais e com a secretaria. Se o fizesse, a administração certamente teria o maior interesse em expor o resultado dos nossos seis meses de gestão, abertos às críticas e sugestões. A orientação de João Doria e Bruno Covas, desde antes do início da gestão, é pelo diálogo permanente com nosso partido e com os demais que compõem a base de apoio do governo”.

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