O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) se defendeu neste domingo da série de críticas que recebeu por ter falado sobre a possibilidade da edição de um AI-5, caso ocorresse uma radicalização da esquerda no Brasil. “Qualquer pessoa com dois neurônios conseguiu entender o que eu falei ali, só os opositores que querem se aproveitar para dizer que eu tenho alguma coisa autoritária”, disse o deputado, após participar de uma marcha contra a legalização das drogas, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
“Eu não falei de resgatar AI 5. Falei sobre a possibilidade de uma medida enérgica. Talvez tenha sido infeliz por citar o AI-5. Se eu não tivesse citado o AI-5, não teria tido essa polêmica toda. No entanto, vão perguntar ao deputado Humberto Costa (senado do PT-PE) se ele quer realmente colocar fogo no Brasil, como ele quer fazer isso? Vão perguntar aos deputados do PT, como eles querem fazer essas ditas manifestações”, afirmou.
Questionado sobre que medidas poderiam ser tomadas, o deputado lembrou que o presidente da República falpou, por exemplo, sobre a análise de uma nova lei contra terrorismo. “O espaço é esse. Tem um projeto de lei na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), que foi pautado e retirado de pauta, do líder Major Vitor Hugo”, sinalizou ele, citando que está prevista a realização, neste mês de novembro, de um seminário, coordenado pelo deputado sargento Gurgel para discutir o tema.
Alvo de processo disciplinar aberto pelo PSL, Eduardo Bolsonaro também falou sobre a possibilidade de ele e o pai saírem do PSL. Segundo ele, “o mais provável é a não permanência”. A fala ocorre num momento em que o presidente Jair Bolsonaro enviou emissários para saber se o Partido Militar Brasileiro pode abrigá-lo, caso decida deixar a legenda pela qual foi eleito. A nova sigla é articulada pelo coordenador da bancada da bala, deputado Capitão Augusto (PL-SP), e está em fase final de criação, aguardando apenas o aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
(Com Estadão Conteúdo)