Um dos capítulos da delação premiada da Odebrecht relata o repasse de doações eleitorais não contabilizadas ao deputado estadual paulista Fernando Capez (PSDB). Ex-promotor do Ministério Público Estadual, Capez é citado por dois delatores como beneficiário de 100 mil reais durante a campanha de 2010. O valor foi repassado em três parcelas, todas elas registradas no sistema “Drousys”, em que a empreiteira contabilizava os repasses a políticos. Como Capez não tem direito a foro especial no Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin autorizou a remessa do depoimento em que é citado ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com sede em São Paulo.