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Estratégia do segundo mandato ajudou Lula a recuperar fôlego

Melhora na imagem do presidente coincide com uma agenda de viagens e entrevistas a rádios, pilares da comunicação do petista em sua gestão anterior

Por Daniel Pereira 13 jul 2024, 18h00
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  • O prefeito do Recife, João Campos (PSB), e o presidente Lula (PT), durante evento na última terça-feira, na capital pernambucana
    O prefeito do Recife, João Campos (PSB), e o presidente Lula (PT), durante evento na capital pernambucana (Ricardo Stuckert/PR)

    Desde meados do ano passado, Lula e o governo passaram a enfrentar um processo de desidratação de popularidade. Ciente do problema, o presidente declarou que não se abalava com as pesquisas de opinião, mas acrescentou que a gestão petista já tinha plantado muito em 2023 e colheria os frutos em 2024.

    Duas pesquisas divulgadas em julho indicam que Lula de fato começou a recuperar um pouco de fôlego. Segundo a Genial/Quaest, a aprovação ao trabalho dele passou de 50% para 54%, entre maio e julho, enquanto a reprovação caiu de 47% para 43%. Já um levantamento do IPEC revelou que a avaliação positiva do governo subiu de 33% para 37%, e a negativa caiu um ponto, de 32% para 31%.

    Cercadinho petista

    A recuperação do presidente coincide com a adoção de uma estratégia de comunicação que fez muito sucesso no segundo mandato de Lula, que ele concluiu como um recordista de popularidade. Nas últimas semanas, o petista dedicou atenção especial a viagens pelo país e entrevistas a rádios locais, aproveitando essas ocasiões para destacar ações do governo, prometer investimentos e reafirmar compromissos de campanha.

    Segundo aliados do mandatário, essa estratégia faz com que Lula paute o noticiário e não fique a reboque de agendas negativas, como ocorreu nos debates recentes sobre saidinha de presos, aborto e descriminalização de pequenas quantidades de maconha. Quando toma a iniciativa, Lula sai das cordas e ocupa o centro do tablado, alegam auxiliares dele.

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    Em entrevista a uma rádio da Bahia, o presidente defendeu, por exemplo, que a carne fosse incluída, durante a regulamentação da reforma tributária, na cesta básica nacional, isenta de imposto. “Tem vários tipos de carne, a carne chique, de primeiríssima qualidade, que o cara pode pagar um impostozinho. Mas tem a carne que o povo consome, faz parte do dia a dia do povo brasileiro, como ovo, músculo, acém, coxão mole, tudo isso pode ser evitado”, declarou.

    Segundo a Genial/Quaest, 41% dos entrevistados souberam de alguma entrevista recente de Lula a rádios. A pesquisa também mostrou que 84% concordam com a isenção às carnes defendida por Lula, que foi aprovada pela Câmara na última quarta-feira, 10.

    Gols ou tiro no pé?

    Diante do respiro de popularidade, a tendência é o presidente intensificar a estratégia de comunicação. Seus auxiliares apostam na fama do chefe de craque de palanque, de especialista na arte do improviso e de sedutor de plateias. Reservadamente, no entanto, há quem reconheça um risco nessa operação.

    O motivo é conhecido: Lula tem cometido desatinos verbais e tropeçado nas palavras em seu terceiro mandato. As próprias pesquisas, agora festejadas, já mostraram que o petista perdeu pontos em razão dos tiros que disparou contra o próprio pé.

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