Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Ernesto: EUA apoiar Argentina antes do Brasil na OCDE era o esperado

Segundo o chanceler, governo americano não retirou apoio aos interesses brasileiros, mas sim cumpriu rito já acordado, porque apoio à Argentina era anterior

Por Edoardo Ghirotto, Denise Chrispim
Atualizado em 12 out 2019, 21h37 - Publicado em 12 out 2019, 20h33

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, colocou panos quentes na possível retirada de apoio dos Estados Unidos para a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Neste sábado, 12, durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) Brasil, Araújo disse que o movimento dos Estados Unidos já era esperado, dizendo que a carta é sobre o sequenciamento do começo do processo de adesão e não há uma retirada do apoio americano. 

Nesta semana, uma carta do secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo revelou que o governo norte-americano priorizou a entrada da Argentina e da Romênia na organização. O documento vai contra as expectativas do governo Jair Bolsonaro (PSL), que divulgou a parceria como um dos principais trunfos da sua política externa.

Quando questionado por VEJA sobre a situação, já que em março havia sido anunciado em encontro entre Bolsonaro e o presidente dos EUA, Donald Trump, o apoio ao início do processo de ingresso do Brasil na OCDE, o ministro se irritou e se esquivou, dizendo que a interpretação é “equivocada” e é preciso “entender o processo” o qual ele não explicou.

O apoio americano teve como contrapartida o consentimento do governo brasileiro à sua retirada voluntária do sistema de preferências para economias em desenvolvimento da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Continua após a publicidade

Protestos no Equador e eleições

Araújo afirmou ainda estar preocupado com a onda de protestos que têm acontecido no Equador desde a semana passada. O ministro afirmou que o Itamaraty vê com atenção o movimento, que disse ver como um possível fortalecimento do Foro de São Paulo no país. “Estamos tentando entender melhor quais são essas forças que estão se levantando contra eles [governo equatoriano]. Temos a preocupação de que há força obscuras atuando, que já tentaram submergir toda região no caos, no totalitarismo”, declarou o ministro.  O país vem enfrentando protestos políticos desde o início de outubro, quando o governo cortou os subsídios aos combustíveis. 

Araújo não chegou a citar o nome da Venezuela ou de Nicolas Maduro, mas afirmou que quer que o Equador “continue na senda democrática”. O ministro, entretanto, mencionou o líder venezuelano quando questionado sobre a possível vitória de governos de esquerda em eleições na América do Sul, neste ano. No Uruguai e Argentina, líderes esquerdistas tem a preferência da população em pesquisas. Segundo ele, no caso argentino, há sinais de que as lideranças de esquerda “apoiam Maduro, são contra o livre comércio”. 

O chanceler admitiu que a situação da política argentina com a liderança de do candidato kirchnerista Alberto Fernández é a que mais preocupa, mas que espera uma reversão do quadro e vitória do presidente Maurício Macri nas eleições do país vizinho. O pleito ocorre no fim deste mês. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.