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Em evento pró-armas, Eduardo Bolsonaro compara professores a traficantes

Zero Três é expoente de discursos conservadores e de incentivo à aquisição, cadastro, registro e comercialização de armamento

Por Da Redação Atualizado em 10 jul 2023, 10h08 - Publicado em 9 jul 2023, 18h56
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  • Em um evento pró-armas promovido neste domingo, 9, em Brasília, o deputado federal Eduardo Bolsonaro comparou “professores doutrinadores” a traficantes de drogas. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro responsável por incensar uma pauta conservadora no país, o Zero Três utilizou parte de seu discurso para criticar docentes que, segundo ele, “sequestram” o pensamento dos alunos. Permeando sua fala com críticas à Venezuela, Eduardo disse que “não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime”.

    “Prestem atenção na educação dos filhos. Tirem um tempo para ver o que eles estão aprendendo nas escolas. Não vai ter espaço para professor doutrinador tentar sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja pior porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo tipo de relação”, afirmou ele de cima de um carro de som a poucos metros do Congresso Nacional. Ao lado de expoentes do movimento pró-armas, como o deputado Marcos Pollon (PL-MS), o parlamentar participou do autointitulado Encontro Nacional pela Liberdade.

    Na última semana, por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) invalidou diversos trechos de decretos assinados por Bolsonaro que flexibilizavam a aquisição, cadastro, registro e comercialização de armas de fogo. Foram considerados inconstitucionais, por exemplo, a ampliação do número de armas que podem ser adquiridas por caçadores, atiradores desportivos e colecionadores (CACs) e o acesso geral a armamento que, antes do governo do capitão, eram tidas como de uso exclusivo das Forças Armadas e de órgãos de segurança pública. Também receberam o selo de ilegal normas que permitiam a importação e o aumento da quantidade máxima de armas por pessoa.

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