O líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), afirmou, em áudio obtido por VEJA, que vai “implodir” o presidente da República Jair Bolsonaro, a quem chamou de “vagabundo”. A declaração de Waldir ocorre após Bolsonaro ter articulado a troca na liderança da sigla na Casa. Waldir daria lugar a Eduardo Bolsonaro (SP).
“Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Eu tenho a gravação. Não tem conversa. Não tem conversa, eu implodo o presidente. Acabou. Acabou o cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei nessa p., eu andei no sol em 246 cidades, andei no sol gritando o nome desse vagabundo”, diz Waldir. No áudio, ele afirma, ainda, que “em janeiro” deixará da liderança do partido. “Em janeiro, eu saio. Agora, se ele insistir comigo, eu vou implodir ele”, afirma em outro trecho da gravação.
Na noite da quarta-feira 16, 27 deputados aliados de Bolsonaro assinaram um documento pedindo o afastamento de Waldir. No entanto, como revelou o Radar, uma das assinaturas não foi confirmada. Na tarde desta quinta-feira, 17, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara informou que Waldir continua líder do PSL.
A permanência de Waldir na liderança é uma vitória do grupo de parlamentares ligados ao presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PE).
Em um outro trecho do áudio, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR) reclama da postura de Eduardo Bolsonaro e diz que “a gente foi tratado que nem cachorro desde que ele [Eduardo] ganhou a eleição. Nunca atendeu a gente em p. nenhuma (…), ele f. a bancada, f. todo mundo, se esconde na rede social, e daí a gente vai assinar a liderança para ele e achar que está tudo bem? Só liga na hora em que precisa de favor para f. com alguém?”.
Ouça abaixo o áudio: