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E-mail reforça suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo líder do governo

Para MP do Paraná, mensagem enviada por advogado tributarista aponta para indícios de que Ricardo Barros, além de receber propina, também ocultou verba

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 set 2020, 15h43 - Publicado em 26 set 2020, 15h03
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  • Um e-mail encontrado nos computadores do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, reforçou a suspeita do Ministério Público de que o parlamentar, além de receber propina, também se empenhou em ocultar o dinheiro. Uma reportagem publicada na última edição da revista VEJA revelou documentos inéditos da investigação que apura a denúncia de que Barrros, quando era secretário de Indústria e Comércio do Paraná, teria embolsado 5 milhões de reais para viabilizar um negócio de interesse do Grupo Galvão.

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    A mensagem apreendida foi recebida por Ricardo Barros no dia 5 de fevereiro de 2014. Nela, o advogado Rogério Leandro Rodrigues envia ao deputado a minuta de um contrato, informando ter feito as “alterações” solicitadas por Barros e chamando a atenção para “a questão do lucro imobiliário”: “O problema é como justificar a entrada do dinheiro”. Para os promotores, o texto é um forte indício de crime de lavagem de capitais.

    e-mail
    (divulgação/Divulgação)

    “A respeito dessa camuflagem contábil, necessário demonstrar o e-mail trocado entre Ricardo Barros e a pessoa identificada como Rogério Rodrigues, na data de 05/02/2014 – contemporâneo aos pagamentos, em tese, das propinas – onde é discutido uma forma de ‘justificar a entrada do dinheiro’”, diz trecho do relatório MP.

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    Procurado por VEJA, o advogado disse que o contrato se referia à compra de um lote. “Não há nada de irregular nessa orientação. Eu estava apenas discutindo contabilmente como justificar a entrada do dinheiro”, diz Rogério. O deputado também rebate as suspeitas do Ministério Público: “A fonte (do dinheiro) é lícita e está declarada no Imposto de Renda”. Barros reclama que está sendo alvo de uma saraivada de acusações, sem sequer ter direito de acesso ao inquérito.

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