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Doria exonera controladora-geral que apurava escândalo municipal

Laura Mendes de Barros havia determinado que fossem investigadas as denúncias de um esquema de propinas para burlar a Lei da Cidade Limpa

Por Da Redação
Atualizado em 17 ago 2017, 15h57 - Publicado em 17 ago 2017, 14h57
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  • O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), exonerou nesta quinta-feira a controladora-geral do município, Laura Mendes de Barros. Em nota, a prefeitura disse que o tucano tomou a decisão por “razões administrativas operacionais”, sem oferecer maiores detalhes. Mendes de Barros, que voltará a exercer o cargo de procuradora municipal, era responsável pelas investigações de um esquema de cobrança de propinas para liberação de propagandas proibidas pela Lei Cidade Limpa.

    Guilherme Rodrigues Monteiro Mendes, que exerce o cargo de ouvidor-geral, substituirá Mendes de Barros na controladoria-geral. A pasta foi criada na administração do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), mas Doria decidiu retirar o status de secretaria e incorporá-la à Secretaria Municipal de Justiça. Ao exonerar Mendes de Barros, o tucano reiterou que o órgão seguirá trabalhando de forma independente.

    “A substituição [de Laura Mendes de Barros] se dá por razões administrativas operacionais, e a Prefeitura reconhece e agradece os bons resultados obtidos por ela nos oito meses em que ficou à frente do órgão. Todos os processos e investigações abertos durante esse período terão continuidade, garantindo a independência da controladoria conforme determina a legislação”, diz a nota.

    Segundo a rádio CBN, Mendes de Barros ordenou há duas semanas uma investigação para apurar supostos crimes cometidos pela “Máfia da Cidade Limpa”. A rádio revelou que servidores municipais montaram um esquema de propina para permitir a instalação de peças de propaganda que não respeitam as diretrizes da Lei Cidade Limpa, em vigor desde 2007. Foram citados no escândalo catorze funcionários públicos e nove empresários ou representantes comerciais que trabalham para promotoras de anúncios.

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    Após a revelação, Doria ordenou o afastamento de todos os servidores envolvidos no escândalo. “Não há a menor condescendência da prefeitura em relação a ações desta natureza. Qualquer denúncia de corrupção será investigada”, declarou o prefeito em vídeo publicado em seu perfil no Facebook. Entre os afastados estava o prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes. 

    Doria já trocou outros três secretários municipais em seus oito meses de gestão. Deixaram os cargos Soninha Francine, que era secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Patrícia Bezerra, ex-secretária de Direitos Humanos, e Eliseu Gabriel, que chefiou a pasta de Trabalho e Empreendedorismo.

    O prefeito participou nesta quinta-feira de um evento que reuniu líderes evangélicos em São Paulo, mas não conversou com a imprensa. O tucano está em uma disputa silenciosa com o governador paulista, Geraldo Alckmin, pela indicação como candidato do PSDB às eleições presidenciais de 2018. Doria intensificou a sua agenda de compromissos pelo Brasil e visitou, só neste mês, as cidades de Curitiba, Salvador, Palmas e Natal.

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