O doleiro Lúcio Funaro chorou durante audiência na Justiça Federal em Brasília nesta sexta-feira, durante depoimento sobre esquema de propina na Caixa Econômica Federal, lamentou que sua filha esteja crescendo com ele na cadeia e diz que morre de saudade do seu pai, que não está indo visitá-lo – a pedido do próprio Funaro, que está preso desde julho do ano passado.
“Passou a fase de querer vaidade, querer poder. Faz um ano e meio que minha filha está vindo aqui nas audiências, o senhor [se dirigindo ao juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília] conheceu ela um bebê. Eu não quero mais passar por isso. Faz um ano e meio que eu não vejo meu pai. Não tenho coragem de chamar ele para me visitar”, disse, chorando. Presente à audiência, a mulher de Funaro também chorou.
Sobre as transações financeiras que fez para abastecer o PMDB, ele disse que “tinha que saber” que elas não eram permitidas. “Se não é permitido, é proibido. Se é proibido, pode me levar para a cadeia. Eu não tinha essa concepção dentro da minha cabeça”, afirmou.
Por fim, Funaro disse que quer sair da prisão para fazer faculdade, como previsto em seu acordo de delação, e “arrumar a vida”.