A disputa pelo governo de São Paulo terá na noite desta quinta-feira, 16, seu primeiro debate na TV aberta, organizado pela TV Bandeirantes. Sete dos doze candidatos ao Palácio dos Bandeirantes que se registraram junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) participarão do programa, que começa às 22h: o atual governador paulista, Márcio França (PSB), o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), Paulo Skaf (MDB), Luiz Marinho (PT), Marcelo Candido (PDT), Lisete Arelaro (PSOL) e Rodrigo Tavares (PRTB).
O debate deve refletir a polarização entre Skaf e Doria, que lideram as pesquisas de intenção de voto ao governo de São Paulo. O emedebista tem 22% da preferência, conforme o mais recente Ibope, empatado na margem de erro com Doria, que tem 21%. França corre por fora, com 3% das intenções no levantamento, mesmo número do petista Marinho.
Esta será a primeira eleição desde 1994 em que o candidato do PSDB disputará o Palácio dos Bandeirantes tendo um rival como governador do estado. Eleito vice-governador em 2014, o pessebista tomou posse no governo de São Paulo há pouco mais de quatro meses, quando Geraldo Alckmin (PSDB) renunciou ao cargo para concorrer à Presidência da República.
Embora soubesse bem das pretensões de Márcio França em concorrer à reeleição e dos tucanos paulistas em lançarem um candidato por mais quatro anos de poder, Alckmin defendia que seus aliados formassem um palanque único em São Paulo. Assim, ele evitaria atritos em sua base eleitoral que prejudicassem seu desempenho no estado, maior colégio eleitoral do país, e, assim, sua candidatura ao Palácio do Planalto. Os apelos não funcionaram e França e Doria, alçados à disputa, passaram a trocar farpas publicamente.
O ex-prefeito de São Paulo tem alguns obstáculos pela frente: possui a maior rejeição a um candidato a governador em São Paulo — 33%, contra 24% de Skaf, ainda segundo a última pesquisa Ibope.
Eleito em primeiro turno em 2016, um feito inédito na capital paulista, João Doria se anunciava como um “gestor”, e não um político, e prometeu cumprir o mandato até o fim. No entanto, ocupou o cargo por apenas um ano e quatro meses e deixou promessas não cumpridas.
Como reflexo da decisão, o tucano derrapa na má avaliação ao seu governo municipal. Ele foi reprovado por 47% dos paulistanos, de acordo com o último levantamento Datafolha, de abril deste ano. Apenas 18% aprovaram sua administração, e 34% a avaliaram como regular.
Já Paulo Skaf, candidato do MDB e principal oponente do PSDB até o momento, tem como uma das principais adversidades à sua campanha a ligação com o presidente Michel Temer, que é reprovado por 82% da população, conforme o Datafolha, fato que deve ser explorado pelos adversários.