O ex-deputado Eduardo Cunha afirmou em interrogatório da Operação Sépsis na manhã desta segunda-feira 6, em Brasília, ter apresentado os peemedebistas Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves ao corretor Lúcio Bolonha Funaro. Embora tenha confirmado ter viabilizado os encontros, Cunha disse não ter conhecimento sobre possíveis ilícitos praticados por eles após a apresentação.
No caso de Geddel, preso na Papuda, Cunha disse ter pedido a Funaro que emprestasse sua aeronave à época que o pai do ex-ministro precisava ser levado para São Paulo com urgência para tratamento médico. Cunha não citou a data exata. “Depois passaram a ter convivência próxima”, disse Cunha.
Sobre Henrique Alves, o ex-deputado contou tê-lo apresentado ao corretor durante um almoço, em 2012, na casa do empresário Joesley Batista. A finalidade do encontro, disse Cunha, era apresentar o peemedebista a Batista com o objetivo de captar recursos para a campanha municipal em Natal (RN). Como Funaro estava presente, Cunha diz ter intermediado a apresentação.
Interrogatório
O depoimento de Cunha é mais uma etapa da fase de interrogatórios dos réus na ação penal derivada da Operação Sépsis, que investiga o pagamento de propina por grandes empresas para liberação de aportes do fundo de investimento do FGTS.
Já foram ouvidos o ex-vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa Fábio Cleto, o empresário Alexandre Margotto e o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Após o ex-deputado, será a vez do ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves ser interrogado pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira.