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Crivella diz que impeachment ‘não faz sentido’ e confronta acusador

Processo foi aberto pela Câmara Municipal nesta terça e investiga se prefeito cometeu crime de responsabilidade em contrato sobre mobiliário urbano

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 abr 2019, 17h47 - Publicado em 3 abr 2019, 11h58

O prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB) se pronunciou no fim da noite desta terça-feira, 2, sobre a decisão da Câmara Municipal de abrir um processo de impeachment contra ele. Em vídeo publicado nas redes sociais, Crivella argumentou que a acusação contra ele “não faz sentido” e confrontou Fernando Lyra Reys, fiscal da prefeitura responsável por apresentar a acusação.

Segundo o prefeito, a assinatura de um aditivo a um contrato da cidade sobre o mobiliário urbano da cidade foi feita  atendendo à Secretaria Municipal da Fazenda e à Procuradoria-Geral do Município (PGM). “Foi com o parecer dos nossos procuradores que nós aceitamos aquilo recomendava a Fazenda, que era fazer um aditivo ao contrato, que não causou nenhum prejuízo à prefeitura, pelo contrário”, disse.

Ele também rebateu a tese de que, como ao final do contrato renovado o mobiliário passaria a pertencer à prefeitura, as trocas de propaganda exposta deveriam ser cobradas. No entendimento de Crivella, pareceres da Justiça adotados durante a gestão do ex-prefeito César Maia (DEM) vedavam a cobrança. Maia, hoje vereador, votou a favor da admissibilidade do impeachment.

Acusações à parte, Marcelo Crivella repetiu o discurso de sua base na Câmara Municipal e direcionou ataques pessoais a Fernando Reys. Procurador concursado da Fazenda municipal, na gestão Crivella, o fiscal exercia cargo em comissão, do qual foi exonerado.

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No vídeo, o prefeito insinua que a denúncia apresentada possa ser uma retaliação do fiscal à demissão deste. “Só agora, depois que foi exonerado do cargo que exercia por sua chefe, pela chefe do setor em que atuava, ele resolveu entrar com o pedido de impeachment”.

A abertura do processo de impedimento do prefeito foi aprovada na Câmara com larga margem. Dos 50 vereadores votantes, 35 apoiaram o pedido, contra 14 votos contrários e uma abstenção. A partir de agora, o caso será analisado por uma comissão especial, escolhida aleatoriamente.

Para a sorte de Crivella, dos três membros definidos, dois votaram contra o impeachment – e um, inclusive, é Paulo Messina (Pros), que era chefe da Casa Civil do prefeito até se exonerar para retornar à Câmara justamente para defender a permanência do chefe no cargo.

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