Os atos de 7 de Setembro na orla de Copacabana ganharam ares de churrascão de fim de semana. Com o céu azul e temperaturas batendo 29 graus, as pessoas que foram manifestar seu apoio ao presidente se misturaram com banhistas que aproveitaram o feriado para pegar uma praia. Diversas barracas de ambulantes aproveitaram a multidão para vender carne assada. A fumaça e o cheiro de churrasco dominam alguns pontos próximos ao posto 5.
Do alto dos carros de som, organizadores do evento tentam recuperar o clima de protesto entoando palavras de ordem contra o STF e o PT. Jair Bolsonaro aparece atrás de Lula nas pesquisas e a campanha do presidente busca criar imagens que mostram que ele conta com apoio popular nas ruas.
“Se formos presos por matar um marginal com arma ilegal, é só mais 3 meses de prisão, pouca coisa. Temos que tomar a decisão corajosa de nós armarmos”, discursou um homem que não quis se identificar para a reportagem.
Na área reservada para os eventos oficiais, o samba rola solto. A banda militar do exército toca versões do grupo de pagode Raça Negra. Ao som de Pé na Areia, de Diogo Nogueira, as autoridades locais aguardam a chegada do presidente no palanque. Entre elas, estão membros da família real brasileira, alijada do poder em outra data histórica, 15 de novembro de 1889, com a proclamação da República.