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Contra fake news, Fux sugere Rivotril aos eleitores

Presidente do TSE admitiu nesta sexta-feira que a Justiça Eleitoral sozinha não vai conseguir combater as notícias falsas

Por Da Redação Atualizado em 29 jun 2018, 18h33 - Publicado em 29 jun 2018, 17h02

O ministro Luiz Fux, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), admitiu nesta sexta-feira, para uma plateia de empresários em São Paulo, que a Justiça Eleitoral sozinha não vai conseguir combater as chamadas fake news nas eleições. Para evitar a disseminação de notícias falsas durante o período eleitoral, ele disse que conversou com marqueteiros de campanhas eleitorais e até sugeriu Rivotril, medicamento contra a ansiedade, aos eleitores.

“Acredito até que a venda de Rivotril vai crescer, as pessoas vão segurar um pouco a ansiedade, porque elas olham e não checam o que compartilham”, declarou o ministro, afirmando que os cidadãos precisam fazer parte do combate às notícias falsas. O TSE, informou, vai colocar na televisão uma campanha para orientar sobre como as pessoas podem checar as informações que recebem.

O ministro repetiu que uma eleição, majoritária ou proporcional, pode ser anulada se ficar comprovado que foi resultado de uma notícia falsa. Ele ponderou, no entanto, que a Justiça não consegue efetivar o trabalho só com os meios jurídicos. “Só o instrumento jurídico, no meu modo de ver, é ineficiente porque, por mais rápida que a Justiça seja, isso tem de ser decidido levando em consideração que há essa viralização em segundos. Então temos que ter outros instrumentos que não seja criminalização”, disse o magistrado.

Na Justiça, destacou, o “acesso” a ações está garantido para coibir a prática de mentiras na campanha eleitoral. Em sua fala, o ministro contou ainda que fechou um “acordo” com marqueteiros eleitorais. “Firmaram o compromisso de combater fake news, de não acolher propostas que os induzam a produzir fake news”, disse Fux, observando que atualmente os marqueteiros “não estão sendo bem vistos” por causa das acusações de corrupção em eleições anteriores.

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O ministro voltou a falar dos acordos firmados com empresas como Google e Facebook para a retirada de conteúdos falsos da internet, quando identificados. Ele observou que a efetividade da medida será mais facilmente aplicada pelo Google, porque o Facebook possuiria “limites” maiores, mas que será possível combater as fake news nessas redes.

Ele destacou ainda que o TSE trabalha com a mesma área de inteligência que atuou na Olimpíada do Rio, em 2016, para combater supostos planos terroristas contra os Jogos Olímpicos, mas não detalhou quais são as estratégias de inteligência da corte. Fux palestrou para um público composto de empresários de redes de franquias durante simpósio da Associação Brasileira de Franchising (ABF), na capital paulista.

(com Estadão Conteúdo)

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