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Compromisso com deputados leais ainda segura Bolsonaro no PSL

Decidido a deixar o partido, presidente quer solução jurídica para que parlamentares que pretendem acompanhá-lo não percam o mandato

Por Leonardo Lellis Atualizado em 10 out 2019, 18h10 - Publicado em 10 out 2019, 17h44
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  • Depois de tomar a decisão de deixar o PSL, conforme revelou VEJA, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer uma solução jurídica para que os parlamentares que pretendem acompanhá-lo não percam seus mandatos por infidelidade partidária. Ao seu estilo, o presidente tem afirmado que não quer “abandonar seus soldados”. Este tornou-se o principal nó a ser desatado no divórcio com o partido pelo qual se elegeu presidente.

    A alegação comum nessas situações para que deputados não percam seus mandatos é a de que o partido rompeu com seus próprios compromissos. Na última quarta-feira, 19 dos 53 deputados emitiram um carta de apoio a Bolsonaro e cobraram do deputado Luciano Bivar, presidente do partido, a adoção de novas práticas, “que garantam absoluta transparência na utilização de recursos públicos e democracia nas decisões”. A gestão de Bivar é considerada “coronelista” entre os aliados do presidente, que também cobram maior presença em cargos na direção do partido.

    Assinam o documento os deputados Eduardo Bolsonaro (SP), Filipe Barros (PR), Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS), Bia Kicis (DF), Hélio Lopes (RJ), Alê Silva (MG), Cabo Junio Amaral (MG), Chris Tonietto (RJ), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP), Aline Sleutjes (PR), Carlos Jordy (RJ), Márcio Labre (RJ), Major Vitor Hugo (GO), Sanderson (RS), General Girão (RN), Daniel Silveira (RJ), Luiz Lima (RJ) e Coronel Armando (SC).

    A falta de acesso às contas partidárias é uma das queixas recorrentes da ala bolsonarista do PSL. Também causou incômodo o fato de Bivar não ter levado adiante a implantação de um programa interno de compliance partidário. Embora o motivo alegado pelo cacique tenha sido o preço do contrato, nem uma proposta com um valor menor prosperou.

    Bolsonaro já recebeu convites para integrar a União Democrática Nacional (UDN), extinta na Ditadura Militar e que está em processo de refundação junto à Justiça Eleitoral. Outra possibilidade é uma migração para o Conservadores, ainda em fase de gestação e que tem o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, como um de seus principais entusiastas.

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    Além de garantir os mandatos dos deputados mais leais a Bolsonaro, os advogados do presidente ainda avaliam uma maneira de levar os recursos destinados ao PSL para o partido que ele vier a se filiar. Legenda mais votada em 2018, o PSL recebe cerca de 100 milhões por ano do Fundo Partidário. Nas eleições municipais de 2016, ainda irá receber cerca de 400 milhões de reais para gastar em campanhas.

    Em meio a críticas sobre a gestão do partido por Bivar e às suspeitas envolvendo o uso de candidaturas laranjas nas eleições de 2018, Bolsonaro tornou sua insatisfação pública na última terça-feira, 8, ao dizer a um apoiador que esquecesse o partido e que Bivar estava “queimado pra caramba”. O pernambuco, fundador do PSL, rebateu no dia seguinte dizendo ao blog da jornalista Andreia Sadi que Bolsonaro também “está esquecido”.

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