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Compadre de Lula é internado na véspera de depor a Sergio Moro

Roberto Teixeira foi hospitalizado com problemas cardíacos na terça-feira; Moro adiou depoimento para a próxima semana

Por Da Redação
Atualizado em 6 set 2017, 16h51 - Publicado em 6 set 2017, 14h25
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  • O advogado Roberto Teixeira, compadre do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu e o juiz Sergio Moro determinou que seu interrogatório no processo em que é réu ao lado do petista seja adiado. Teixeira seria ouvido nesta quarta-feira, mas foi internado na noite de ontem no Hospital Sírio-Libanês, na região central de São Paulo, com problemas cardíacos. O magistrado determinou que o novo depoimento seja tomado no dia 13 de setembro, quarta-feira da próxima semana, às 14h, mesmo dia em que Lula falará a Moro.

    No pedido para que o juiz federal adiasse a oitiva, o advogado Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, defensor de Roberto Teixeira, informou que seu cliente apresenta “insuficiência cardíaca aguda” e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. “A defesa compromete-se a passar informações mais detalhadas a este N. Juízo sobre recuperação do Dr. Roberto Teixeira, assim que houver um diagnostico preciso do seu estado de saúde”, afirma Mariz, que apresentou um relatório médico na petição (veja abaixo).

    Por meio de nota, o escritório de Teixeira, o Teixeira Martins Advogados, diz que ele tem “histórico de doenças e cirurgias cardíacas e sofre da doença de Parkinson há três anos”. O compadre de Lula tem 73 anos.

    relatório roberto teixeira
    (Reprodução/Reprodução)

    Roberto Teixeira é acusado por lavagem de dinheiro por ter simulado um contrato de aluguel para um apartamento vizinho ao de Lula, em São Bernardo do Campo, que teria sido dado ao ex-presidente e como fruto de propina em contratos da Odebrecht com a Petrobras. Teixeira é sogro de Cristiano Zanin Martins e pai de Valeska Teixeira Zanin Martins, advogados do petista no processo.

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    A força-tarefa da Operação Lava Jato atribui a Lula os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público Federal, propinas pagas pela Odebrecht chegaram a 75 milhões de reais em oito contratos com a estatal. Este montante, segundo os investigadores, inclui um terreno de 12,5 milhões de reais para comprar um imóvel que seria para o Instituto Lula e 504 mil reais para a aquisição do apartamento da cidade do ABC paulista.

    Além do ex-presidente e de Teixeira, também respondem ao processo o ex-ministro Antonio Palocci, seu ex-assessor Branislav Kontic e o empreiteiro Marcelo Odebrecht. Todos os envolvidos rejeitam a acusação.

    (Com Estadão Conteúdo)

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