Enquanto a Rede Sustentabilidade “murcha” no Senado Federal, outro partido que disputou a última eleição presidencial ganha adesões e deve ficar com um dos principais cargos na mesa diretora: o Podemos, do senador Alvaro Dias (PR). Em quatro dias, foram três filiações, que fizeram o partido passar de cinco para oito parlamentares.
O último a chegar foi Lasier Martins (RS), jornalista eleito pelo PDT em 2014 e que desde 2017 estava no PSD. Com o novo tamanho da bancada, agora a terceira maior da casa empatada com o PSDB, o partido deve ficar com a segunda vice-presidência do Senado, posição para qual será indicado o gaúcho.
Esta é a primeira vez que a legenda ocupará um cargo na direção do Senado. Alvaro foi definido para ser o líder do Podemos no Senado.
As outras duas filiações foram as dos senadores Styvenson Valentim (RN), um dos dois que deixaram a Rede, e Eduardo Girão (CE), zebra do Pros que derrotou o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB) em outubro. Acima de Podemos e PSDB, estão as bancadas do MDB, com treze, e do PSD, com nove senadores.
A cláusula de barreira foi a razão apontada por três senadores que também mudaram de partido entre a eleição e a posse na semana passada, casos de Jorge Kajuru (GO), eleito pelo PRP e agora no PSB, Carlos Viana (MG), eleito no PHS e agora no PSD, e Alessandro Vieira (SE), que entrou na casa pela Rede e agora está no PPS.
Mesa Diretora
Além do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), eleito com 42 votos no último sábado, a direção do Senado conta com outros seis cargos titulares, duas vice-presidências e quatro secretarias. Pelo acordo rascunhado entre os líderes nesta terça-feira, a primeira vice deve ser do PSDB.
Já entre as secretarias, ficou adiantado que as primeiras devem ser ocupadas por, respectivamente, PSD, MDB e PSL – filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) deve ser indicado para a vaga da legenda. A disputa ficou por conta do último posto: empatados com seis senadores, PP e PT reivindicam o posto.