A prioridade para o governo Bolsonaro no Congresso Nacional pode ser a proposta da reforma da previdência, idealizada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, mas o projeto que encontra maior apelo popular é o chamado “pacote anticrime”, apresentado por Sergio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública.
A constatação aparece na nova pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira, 26, a primeira depois que Jair Bolsonaro assumiu a Presidência da República. Pelo levantamento, as propostas de Moro contra crimes violentos, corrupção e crime organizado são aprovadas por 62%, contra 18% que as reprovam e 20% que não sabem ou não responderam.
O pacote proposto pelo ex-juiz da Operação Lava Jato inclui, entre outras medidas, flexibilização de punição para policiais que matam em serviço e endurecimento de regras para saídas temporárias e progressão de pena.
Sobre a mudança no sistema de aposentadorias, os brasileiros estão divididos, de acordo com o levantamento. Ao todo, 45,6% desaprovam a reforma, enquanto outros 43,4% apoiam a proposta apresentada. Outros 11% não se manifestaram sobre o assunto.
A equipe do ministro Paulo Guedes propôs, para combater o déficit na previdência social, um conjunto de propostas que inclui a adoção de idades mínimas para a aposentadoria – 65 anos para homens; 62 para mulheres –, exigência de 40 anos de contribuição para recebimento de benefícios integrais, cobrança de alíquotas maiores de servidores públicos com altos salários e adiamento para os 70 anos do recebimento integral, por idosos pobres, do benefício de prestação continuada (BPC).
Outra proposta do governo Bolsonaro, essa já colocada em prática, que não encontra respaldo popular é o decreto que flexibilizou a posse de armas no Brasil, rejeitado por 52,6%, aprovado por 42,9% e com 4,5% de indecisos. A margem de erro de todos os índices é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões.