Pesquisa CNI-Ibope divulgada nesta quinta-feira (5) mostra que o governo do presidente Michel Temer (MDB) é considerado ótimo ou bom por 5% da população e aprovado por 9%. Comparada ao último levantamento, feito em dezembro, a avaliação do governo do emedebista permanece estável, dentro da margem de erro — de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O número de pessoas que consideram o governo bom ou ótimo caiu de 6% no fim do ano passado para 5% em março. No mesmo intervalo, o percentual das pessoas que avaliam o governo como ruim ou péssimo caiu de 74% para 72. Entre os que o consideram regular, subiu de 19% para 21%. O levantamento ouviu duas mil pessoas em 126 municípios entre os dias 22 e 25 de março e possui índice de confiança de 95%.
De acordo com o levantamento, a popularidade de Michel Temer melhorou entre a população com renda mais baixa. Entre os entrevistados que ganham até um salário mínimo por mês, o número de pessoas que avaliam seu governo como ruim ou péssimo caiu de 79% em dezembro do ano passado para 72% em março.
Os dados mostram ainda que, 87% dos brasileiros não aprovam a maneira de governar do presidente e 89% não confiam nele. A aprovação melhora entre as pessoas que estudaram até a quarta série do Ensino Fundamental: 14% confiam e 83% não confiam. Neste grupo, 12% aprovam e 83% o desaprovam.
Além disso, para 55% dos entrevistados, o governo Temer é pior que o de sua antecessora, a petista Dilma Rousseff. As expectativas para os próximos meses também são desfavoráveis ao presidente: 67% acreditam que o restante do governo será ruim ou péssimo. Entre as mulheres, o índice é maior: 70% acreditam que será ruim ou péssimo. Entre os homens, a essa percepção atinge 62% dos entrevistados.
Segundo o levantamento, as avaliações sobre nove áreas de atuação do governo também permaneceram dentro da margem de erro. A mudança mais significativa, de acordo com a CNI-Ibope, ocorreu na área de segurança pública, onde o percentual de aprovação aumentou de 11% em dezembro, para 14% em março. O índice de reprovação também caiu de 86% para 84%.
No quesito “educação”, o governo é desaprovado por 80% e aprovado por 18% (os outros 2% não souberam/não quiseram responder). No combate ao desemprego, 85% reprovam suas ações, enquanto 13% aprovam. Quanto aos impostos, 90% desaprovam suas ações, frente a aprovação de 7%. Em seguida, com 84% de reprovação, vem a taxa de juros. Depois, aparece a saúde, com 87% de desaprovação.