Em segunda votação, a Câmara municipal de São Paulo aprovou a reforma de Previdência proposta pelo prefeito Bruno Covas (PSDB). O projeto passou com 33 votos favoráveis e 17 contra. O texto precisava de 28 votos para ser aprovado e agora vai para sanção do prefeito.
A reforma prevê aumento da alíquota de contribuição dos funcionários públicos de 11% para 14% e a criação de um sistema de previdência complementar para novos trabalhadores com remuneração superior a 5 600 reais. Na prática, esses funcionários passam a ter um teto de aposentadoria similar ao que existe no sistema privado.
A primeira votação aconteceu na sexta-feira 21, com 33 votos contra 16 em uma sessão marcada por bate-boca e confusão.
Nesta quarta-feira, mais tumulto. Servidores protestaram na parte de fora da Câmara Municipal e chegaram até a destruir um portão do local. A Guarda Civil Metropolitana reagiu com bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar o protesto.
Servidores contrários à proposta ameaçavam entrar em greve caso a reforma fosse aprovada. “Vai depender da decisão da Assembleia, mas vamos colocar em pauta a greve. Pode ser que não seja logo no início de janeiro porque vamos precisar de mais mobilização, mas, com certeza, é uma possibilidade”, disse Célia Cordeiro da Costa, diretora do Sinpeem.