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Brizola Neto abre crise no PSOL após homenagear ditador da Coreia do Norte

Diretório municipal do partido e lideranças, como Marcelo Freixo e Luciana Genro, se posicionaram contra 'moção de honra e louvor' apresentada pelo vereador

Por Diego Freire 13 dez 2019, 02h16
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  • Leonel Brizola Neto e Kim Jong-un (Twitter/ Reprodução/ Korea Summit Press Pool/ Getty Images/VEJA)

    Uma homenagem pública prestada pelo vereador Leonel Brizola Neto (PSOL-RJ) ao ditador norte-coreano Kim Jong-Un gerou diversas reações negativas dentro de seu partido, nesta quinta-feira 12. O neto do falecido líder esquerdista Leonel Brizola apresentou, no última dia 29 de novembro, uma moção “Moção de Louvor e Reconhecimento” a Kim na Câmara Municipal da Cidade, revelada pelo jornal O Globo

    O ato foi recriminado pelo diretório municipal do PSOL no Rio, que emitiu nota afirmando não endossar a homenagem. O partido declarou que Brizola Neto promoveu uma moção individual, que “não necessita de apoio, nem votação”.

    “Esta ação [de Brizola Neto] não foi construída coletivamente pela bancada e não representa a posição do partido. O líder da Coreia do Norte é acusado de inúmeras violações de direitos, dentre elas, perseguições políticas, prisões arbitrárias e restrições às liberdades de expressão e de imprensa. O PSOL reafirma seu compromisso na defesa da democracia e dos direitos humanos”, expõe a nota do diretório carioca da sigla.

    Grandes lideranças do partido seguiram a mesma linha de reprovação. “Respeito muito o vereador Leonel Brizola e o trabalho importante que ele realiza no Rio. Sua homenagem ao ditador norte-coreano foi uma manifestação individual, da qual eu discordo. Me oponho a todas as ditaduras porque a democracia é para mim um princípio inegociável”, escreveu o deputado federal Marcelo Freixo, pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro em 2020. 

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    “Discordo frontalmente da homenagem feita por Brizola Neto ao ditador da Coreia do Norte. Não representa a maioria do PSOL. Só uma esquerda fora da realidade apoia esse regime. Ali não tem nada de comunismo nos termos pensados por Marx. Nossa luta é por socialismo e liberdade!”, expressou a deputada federal Luciano Genro, candidata à Presidência da República pelo partido nas eleições de 2014.

    Os deputados federais Sâmia Bonfim e David Miranda foram outros nomes de destaque do partido se posicionarem, nas redes sociais, contrários à medida de Brizola Neto. “Não há socialismo possível com violação de direitos humanos e sem liberdade”, escreveu Sâmia no Twitter. Compartilhando a postagem, Miranda concordou: “não representa a opinião do partido”.

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    Brizola Neto também foi às redes sociais ao fim do dia para justificar sua ação. O político afirmou que sua moção foi motivada pelo “centenário da resistência coreana contra a invasão imperialista japonesa” e complementou que seu mandato se pauta pela “diplomacia brasileira”.

    “Quero divulgar que há vinte dias fizemos uma exposição sobre o centenário da resistência coreana contra a invasão imperialista japonesa. Na ocasião apresentamos uma moção ao povo coreano por sua luta no processo de paz pela unificação das Coreias e principalmente pelo fim das armas nucleares. O nosso mandato sempre pautou pela diplomacia brasileira. No momento que a nossa diplomacia brasileira está sendo achincalhada no mundo, nós temos o compromisso de promover a paz mundial e a autodeterminação dos povos”, declarou o vereador.

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