O candidato à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) afirmou na noite desta sexta-feira, 4, que vai pedir a prisão de Pablo Marçal (PRTB) por ter divulgado um documento que ele afirma ser falso. Nas redes sociais, o coach publicou a foto de um suposto laudo que indicaria que Boulos teve “quadro de surto psicótico grave” e resultado positivo para uso de cocaína em 2021.
Em uma live nas redes sociais, Boulos afirmou que o documento é falso. Segundo o deputado, o dono da clínica que teria emitido o documento é amigo e apoiador de Marçal.
Além disso, o médico que assina o suposto laudo, José Roberto de Souza, faleceu e seu CRM está inativo desde 2022 “para que ninguém possa ser responsabilizado como médico”, segundo Boulos.
“O parceiro dele falsificou o documento usando o CRM do médico que faleceu há dois anos”, disse Boulos. “No dia seguinte ao dia que ele coloca no documento, tem fotos no meu Instagram [mostrando] que eu estava na comunidade do Vietnã [na Zona Sul de SP] fazendo distribuição de cesta básica.”
“Simples assim. O cidadão não tem limite. A um dia da eleição ele inventa essa fake news”, afirmou Boulos, que também disse que o número de seu documento está errado no suposto laudo. O deputado afirmou que sua campanha vai entrar com pedido de prisão de Marçal e do dono da clínica.
Laudo toxicológico em debate
Desde o primeiro debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo, Marçal vem sugerindo que Boulos é usuário de cocaína. Nesta quinta-feira, no último debate antes do primeiro turno, na Globo, Boulos mostrou um exame toxicológico que indica resultado negativo para a droga.
“Hoje mais uma vez tentou me associar [ao uso de drogas] falando de biqueira”, disse o candidato do PSOL antes de mostrar o laudo médico, que foi imediatamente publicado nas redes sociais do candidato. Boulos recebeu um aviso do mediador, César Tralli, já que a exibição de documentos e panfletos era proibida no debate.
Marçal havia dito que, no momento certo, mostraria provas sobre o uso de drogas do adversário. Uma delas seria um registro policial por posse de entorpecente ilícito e a outra uma internação no hospital do servidor. Boulos disse que foi internado aos 19 anos por conta de uma depressão e mostrou que o boletim de ocorrência era de uma pessoa homônima. Outro cidadão chamado Guilherme Boulos, que por coincidência, é candidato a vereador de São Paulo.