Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Bolsonaro indica que pode demitir Vélez na próxima segunda

Presidente da República afirmou que titular "não está dando certo" e que "falta gestão"

Por Da Redação Atualizado em 5 abr 2019, 21h01 - Publicado em 5 abr 2019, 10h35
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) indicou que poderá exonerar o ministro Ricardo Vélez Rodriguez (Educação), na próxima segunda-feira. Segundo afirmou em encontro com jornalistas na manhã desta sexta-feira, 5, o titular “não está dando certo” na pasta.

    “Na segunda, vamos resolver a situação do MEC”, disse Bolsonaro. “Está bem claro que não está dando certo o ministro Vélez, falta gestão. Vamos tirar a aliança da mão esquerda e pôr na direita ou na gaveta.”

    Vélez está em Campos do Jordão (SP), onde participa do 18º Fórum Empresarial Lide. O ministro afirmou não estar sabendo da reunião. “Não vou entregar o cargo”, disse rapidamente. Após isso, o ministro cancelou a entrevista coletiva que estava prevista.

    Caso seja confirmada, a saída de Vélez será a segunda baixa no ministério de Bolsonaro em pouco mais de três meses de governo. Em fevereiro, Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência) foi demitido após entrar em rota de colisão com o vereador carioca Carlos Bolsonaro, filho do presidente.

    Neste mesmo período, o MEC já registrou nada menos que dezessete baixas em cargos de alto escalão — as mais recentes delas nesta quinta-feira, 4, quando foram dispensados a chefe de gabinete da pasta, Josie de Jesus, e Bruno Garschagen, assessor especial do ministro.

    As quedas de Josie e Garschagen enfraquecem os grupos “técnico” e “olavista” do Ministério da Educação, que desde o início do governo disputam o controle da pasta e paralisam os projetos da pasta.

    Continua após a publicidade

    Reportagem publicada por VEJA mostra que o Ministério da Educação (MEC), onde são tomadas decisões que moldam o futuro dos brasileiros, é hoje o epicentro do pandemônio no governo federal.

    Os projetos estão emperrados, as brigas ideológicas atravancam decisões, as demissões ocorrem em série — e a educação, um dos temas mais importantes da agenda nacional, está à deriva. 

    Enfraquecido, Vélez é bombardeado por evangélicos, militares, partidos, e vive enredado com os “olavetes”, cujo mestre é o guru bolsonarista Olavo de Carvalho, que mora nos Estados Unidos. Aos chamados vélezianos, restaram apenas quatro secretarias.

    Continua após a publicidade

    Até agora, a manutenção do ministro no cargo é de fundo prático: Bolsonaro não queria demiti-lo durante a crise do governo com o Congresso e, com isso, contribuir para aumentar o clima de incerteza. Agora, após uma série de encontros com líderes partidários para aparar arestas nas negociações pela reforma da Previdência, Bolsonaro tem a agenda livre para cumprir o desejo de conversar com o ministro.

    “Tem problema, sim, ele [Vélez] é novo no assunto, não tem o tato político, vou conversar com ele e tomar as decisões que tiver que tomar”, disse Bolsonaro no dia 28 de março, um dia depois de o ministro ser duramente criticado em audiência na Câmara dos Deputados, quando parlamentares consideraram suas respostas vagas e pela falta de clareza na apresentação de programas da pasta.

    Olavo de Carvalho

    Pelo Facebook, o escritor Olavo de Carvalho afirmou que não vai lamentar a suposta demissão do ministro. “Conheci o Prof. Vélez por seus livros sobre a história do pensamento brasileiro, publicados mais de vinte anos atrás. Nunca tomei conhecimento das suas obscenas tucanadas e clintonadas, que teriam me prevenido contra seu comportamento traiçoeiro”, escreveu Olavo, para então concluir: “Não vou fazer nada contra ele, mas garanto que não vou lamentar se o botarem para fora do ministério”.

    Continua após a publicidade

    Em março, Olavo já havia feito publicações contra o ministro, inclusive atacando-o com palavrões. O ministro, no entanto, foi levado ao cargo no começo do ano justamente por indicação do escritor, de quem se distanciou ao demitir funcionários próximos ao escritor.

    (com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.