Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência, deu mais informações neste sábado, no Rio de Janeiro, sobre suas propostas no campo da reforma política: ele defendeu o fim da reeleição e a redução do número atual de congressistas, sem especificar se a medida vai abranger só deputados ou também senadores.
“O que eu pretendo é fazer uma excelente reforma política, acabando com o instituto da reeleição, que começa comigo caso seja eleito, e reduzindo um pouco, em 15% ou 20%, a quantidade de parlamentares”, disse. A segunda medida, se proposta, certamente enfrentará forte resistência dos futuros congressistas.
A emenda constitucional que passou a permitir a reeleição de presidente, governador e prefeito foi aprovada em 1997 pelo Congresso, em articulação para permitir, pelas urnas, a continuidade do mandato do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi o que aconteceu na eleição presidencial do ano seguinte.
Sobre a denúncia de que algumas empresas teriam feito pagamentos a agências especializadas em espalhar mensagens em redes sociais a seu favor e contra o petista Fernando Haddad, uma prática proibida pela lei eleitoral, Bolsonaro afirmou que “não tem nada a ver com isso”. “Eu não preciso de fake news”, disse.
O presidenciável reiterou sua admiração pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Ele quer a América grande e nós também queremos o Brasil. Ele reduziu carga de impostos e muitos criticaram, mas isso gerou emprego”, afirmou Bolsonaro. “Eu gosto muito dele e nunca neguei, ou querem que eu admire o (presidente venezuelano, Nicolás) Maduro ou governo cubano?”, questionou o candidato do PSL.
(Com a Reuters)