O presidente Jair Bolsonaro foi surpreendido por um grupo de católicos na entrada do hotel onde está hospedado em Jerusalém, Israel, logo ao chegar de sua visita ao Muro das Lamentações. Ele recebeu uma bênção do líder da Comunidade Filhos da Misericórdia, de João Pessoa (PB), George Batista, e juntou-se ao grupo em orações e cantorias.
As cerca de trinta pessoas cantaram para Bolsonaro, entre outras, a canção “Derrama senhor, derrama ó senhor o seu amor”, deram vivas ao “mito” e empunharam a bandeira brasileira. O presidente, que se diz católico, pareceu emocionado e agradeceu o apoio.
Os membros dessa comunidade, que não é atrelada a nenhuma paróquia, excursionam por Israel e se reuniram no saguão do hotel para um encontro improvisado com Bolsonaro.
Atilas Mesquita Sampaio, coordenador de projetos da Comunidade Filhos da Misericórdia, afirmou que foi uma surpresa encontrar o presidente durante essa viagem de retiro espiritual. “Nós queríamos ver Bolsonaro para ele sentir que nos representa e para que o Brasil comece a melhorar”, afirmou.
A viagem a Jerusalém foi interpretada por muitos como a forma encontrada pelo presidente brasileiro de agradar setores religiosos do país, especialmente os evangélicos. Jerusalém é sagrada não só para judeus e muçulmanos, mas também para os cristãos.
A peregrinação de brasileiros à cidade sagrada cresceu nas últimas décadas por iniciativa das denominações pentecostais, em especial da Igreja Universal do Reino de Deus.
Na Cidade Velha está a Via-Crúcis e a Basílica do Santo Sepulcro. De acordo com a tradição cristã, foi entre suas muralhas que Jesus foi condenado, crucificado e sepultado. A basílica é administrada e repartida entre as igrejas Católica Romana, Católica Ortodoxa, Armênia, Ortodoxa Copta, Ortodoxa Siríaca e a Igreja Ortodoxa Etíope.