Encomendada pela Genial Investimentos, pesquisa da Quaest divulgada nesta quinta-feira, 7, mostra a redução da vantagem do ex-presidente Lula (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL). Na simulação de primeiro turno, o petista marca 45% e o ex-capitão 31%. Em março, o placar foi de 46% a 26%. Ou seja: enquanto o líder se manteve estável, o candidato à reeleição cresceu cinco pontos percentuais, herdando a maior parte dos votos antes destinados ao ex-juiz Sergio Moro.
Outros dados reforçam a recuperação do presidente. Quando os entrevistados foram questionados sobre quem eles preferem que vença a eleição, 46% disseram Lula, ante 44% em março. A diferença está dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais. Outros 31% responderam Bolsonaro, cinco pontos a mais do que no mês anterior. O grupo daqueles que não querem nem Lula nem Bolsonaro caiu de 25% para 19%, em mais um sinal de que a janela da terceira via está se fechando.
No geral, a avaliação positiva do governo permaneceu estável, mas ela melhorou acima da margem de erro em alguns recortes, como nas regiões Norte e Sul. Já a avaliação negativa caiu entre as mulheres, de 53% para 50%, e entre os beneficiários do Auxílio Brasil, de 54% para 46%. Esses dois segmentos são considerados decisivos para o resultado da eleição.
Em recente entrevista a VEJA, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, declarou que até maio Bolsonaro estaria empatado com Lula. Em agosto, o presidente já estaria à frente do petista. Para que a primeira parte da previsão se concretize, a recuperação de Bolsonaro terá de ser acelerada. A rejeição a ele ainda continua acima de 60%.