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Após incêndio, Assembleia da Bahia antecipa turnão e pede verba ao governo

Segundo apurou VEJA, a suplementação será de R$ 20 milhões

Por Rodrigo Daniel Silva
Atualizado em 30 out 2018, 21h14 - Publicado em 30 out 2018, 21h14
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  • Depois do incêndio no prédio da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), que completou três meses no último domingo (28), o presidente da Casa, o senador eleito Angelo Coronel (PSD), antecipou o ‘turnão’, que acontece sempre entre dezembro e janeiro, e pediu suplementação no orçamento ao governador Rui Costa (PT).

    Segundo Coronel, o ‘turnão’ foi antecipado para a próxima quinta-feira (1º) e, neste período, o restaurante do Legislativo baiano será fechado. No ‘turnão’, o expediente administrativo, que começa às 9h, passa a ocorrer das 13h às 19h de segunda-feira a quinta-feira. Na sexta-feira, acontece das 8h às 12h.

    O presidente da Casa diz que a medida não afeta os trabalhos, que tomou a decisão de fechar o restaurante porque o contrato com a empresa responsável pelo refeitório encerra no dia 31 de dezembro e que fará um novo processo licitatório. “Com isso, evitamos o risco de iniciar a próxima legislatura sem um refeitório”, alegou.

    A empresa terceirizada vai demitir os funcionários. “Isto não é um problema da Assembleia. A gente não tem nenhum funcionário que trabalha no restaurante. É um problema que quem tem que responder é a própria empresa”, afirmou.

    Nos bastidores, o comentário é de que a ação foi tomada para conter os gastos diante da difícil situação financeira do Legislativo. Segundo Coronel, com o fechamento do restaurante, que alimenta os servidores, vai economizar R$ 1,8 milhão nos três meses.

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    O presidente da AL-BA admite que vai pedir recursos ao governo, mas não revela valores. Segundo apurou VEJA, a suplementação será de R$ 20 milhões. Coronel diz que solicitou mais dinheiro por causa do incêndio, que obrigou uma reforma no prédio, e porque o orçamento não foi reajustado no ano anterior.

    Nesta terça-feira (30), a oposição reclamou da situação financeira do Legislativo baiano. “Lamentável o que uma gestão equivocada pode provocar. O ambiente nesta Casa é de consternação e dor, de forma especial nos restaurantes. A empresa contratada para fazer funcionar os dois restaurantes da Assembleia, a Alimenta, já foi comunicada que os locais não continuarão funcionando a partir do dia 1° de novembro até o final de janeiro, por contenção de despesas. Com esta decisão da Mesa Diretora da Assembleia, setenta funcionários estão a chorar as demissões, justo neste período de fim de ano, que se aproxima das festas natalinas e Réveillon”, protestou o deputado estadual Targino Machado (DEM).

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