O ex-governador Anthony Garotinho, presidente estadual do PR no Rio, preso nesta quarta-feira, com sua mulher, Rosinha – também ex-governadora -, por suspeita de terem recebido propina de 2,6 milhões de reais do grupo JBS, postou na segunda-feira, 20, em sua conta no Twitter pesadas críticas a outros políticos fluminenses, todos deputados estaduais pelo PMDB e alvos da Operação Cadeia Velha, deflagrada pela Polícia Federal, por envolvimento em esquema de repasses milionários do setor de transporte público – o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, Edson Albertassi e Paulo Melo, foram alvos da operação.
“Denúncias da Cadeia Velha: vergonha, vergonha, vergonha !!! Ainda vai aparecer muita sujeira por aí”, escreveu Garotinho.
Picciani, Albertassi e Melo foram presos uma primeira vez na quinta-feira, 16, por ordem do Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF2). Na sexta, 17, porém, os colegas dos peemedebistas na Alerjentraram em ação e, por 39 votos a 19, derrubaram o decreto de prisão do TRF2. Nesta terça, 21, a Corte federal restabeleceu a prisão dos velhos caciques do PMDB, que já estão recolhidos na cadeia de Benfica, Região Norte do Rio.
Em seu Twitter, o ex-governador não desferiu uma cobrança enérgica à Assembleia. “Alguém vai ter que explicar o fato de a Alerj ter emitido alvará de soltura.”
Em outro post, Garotinho apontou para o presidente (licenciado) da Assembleia. “A empresa do Picciani recebia a mais pelas vacas vendidas e depois devolvia parte do dinheiro para a fornecedora do estado. Assim funcionava uma forma de lavar dinheiro para pagar propina a autoridades do PMDB. Uma vergonha.”