Reunião de comissão sobre agrotóxicos é suspensa após ameaça de bomba
Presidente da comissão, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), disse se tratar de uma 'brincadeira de mau gosto'; discussão será retomada às 15h
Uma mala com uma bomba falsa foi encontrada agora há pouco na comissão especial que analisa o projeto de lei dos agrotóxicos, momentos antes de a sessão ser suspensa pela presidente de colegiado, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS).
A Polícia Legislativa isolou o local, e não identificou nenhuma ameaça. A deputada Tereza Cristina classificou o episódio como “uma brincadeira de mau gosto” e disse que já há imagens de quem teria deixado a mala na sala. A Câmara dos Deputados, por meio de seu site oficial, afirmou que deve ser aberto um boletim de ocorrência para apurar os fatos.
Pela coincidência com a abertura da ordem do dia no plenário da Casa, a deputada suspendeu a sessão até as 15 horas e disse que na volta anunciará se a votação do relatório do deputado Luiz Nishimori (PR-PR), que defende a aprovação da mudança nas regras dos insumos, será ainda nesta quarta-feira 20.
Contrários ao projeto, que flexibiliza as regras para registro e utilização dos agrotóxicos, os deputados Alessandro Molon (PSB-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Bohn Gass (PT-RS) e Nilto Tatto (PT-SP) apresentaram votos em separado. Como a comissão é composta, em sua maioria, de integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), favorável ao projeto, o objetivo da oposição é protelar a votação, diante da perspectiva de ver o relatório de Nishimori aprovado.
Em uma tentativa de aprovar o projeto, o deputado do PR apresentou uma nova versão do parecer nesta terça-feira 19. Ele aumentou o prazo de análise de novos pesticidas de doze para 24 meses, permitindo que outros órgãos ambientais e de saúde também possam emitir análises e não só dar ou não um aceite aos químicos.
(Com Agência Brasil)