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Alckmin fala em ‘covardia’ de Bolsonaro por desrespeitar mulheres e negros

Tucano respondeu declaração de presidenciável do PSL, que criticou estratégia do adversário de expor suas opiniões polêmicas

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 22 set 2018, 23h05 - Publicado em 22 set 2018, 21h51
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  • O candidato à presidência pelo PSDB Geraldo Alckmin defendeu neste sábado a estratégia de criticar o concorrente Jair Bolsonaro (PSL). “Não é covardia mostrar o que Bolsonaro pensa e fala. A covardia é dele de desrespeitar mulheres, negros e pobres”, escreveu o tucano no Twitter.

    A fala foi uma resposta a Bolsonaro, que disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo que a estratégia de Alckmin de expor falas polêmicas dele é uma “covardia”.

    Estagnado nas pesquisas, Alckmin aumentou o tom dos ataques aos concorrentes neste sábado. Em ato de campanha em Sorocaba, no interior de São Paulo, o tucano subiu o tom contra Ciro Gomes (PDT) ao defender o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Ciro tem duas características. Uma é não gostar de São Paulo, sempre que pode ele fala mal de São Paulo. E a outra é não ter espírito de Justiça. Como é que pode? O Lula não é culpado, o PT não é culpado e o Fernando Henrique, que tá fora do governo há 16 anos, é o culpado?”, disse.

    Ciro tem feito críticas a FHC desde que ele divulgou uma carta pregando a união das candidaturas de centro, na quinta-feira. A defesa enfática que Alckmin faz de FHC ocorre após críticas internas da campanha tucana ao Planalto ao tom adotado pelo ex-presidente na carta. Ao não mencionar o nome de Alckmin como a candidatura de centro a qual os outros partidos deveriam se aglutinar, a carta gerou desconforto entre apoiadores do ex-governador paulista.

    Na madrugada de sexta-feira, porém, ao sair do debate das emissoras católicas realizado em Aparecida (SP), Alckmin disse que a carta foi feita com o intuito de não personalizar ninguém.

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    ‘Até pior que o PT’

    Em encontro com um grupo de empresários em São Paulo, Alckmin afirmou que uma eleição de Bolsonaro pode ser até pior para o país do que a volta do PT ao poder, segundo relato de três fontes presentes. A reunião ocorreu no início desta semana num escritório no bairro do Itaim Bibi. Participaram da conversa empresários como Meyer Nigri, da construtora Tecnisa, Elie Horn, fundador e sócio da Cyrela, Eugênio Mattar, sócio e presidente da Localiza, José Ricardo Rezek, presidente da incorporadora Rezek, Helio Seibel, sócio do grupo Ligna, entre outros.

    Alckmin, porém, rechaçou apoiar qualquer um dos adversários caso fique de fora do segundo turno. Relatos de que o tucano teria indicado durante o encontro apoio do PSDB ao PT contra Bolsonaro circularam pelas redes sociais e em grupos de WhatsApp no sábado. A confusão forçou Alckmin a gravar um vídeo negando tal intenção. “Isto não existe. Somos contra o PT como também somos contra Jair Bolsonaro. Achamos que o Brasil só perde com radicalismos”, afirmou.

    O candidato do PSL está internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ter levado uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), no último dia 6. Relatório final da Polícia Federal sobre o caso deve ser concluído na semana que vem e apontar que Adélio Bispo, preso na penitenciária de segurança m��xima de Campo Grande (MS), atuou sozinho ao atacar o presidenciável.

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