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Alckmin diz concordar com carta de FHC, mas descarta “procurar candidatos”

Tucano classifica texto assinado por ex-presidente como "reflexão sobre o momento político" e fala em "respeito" a candidaturas de adversários

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 set 2018, 18h01 - Publicado em 21 set 2018, 16h59
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  • O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, comentou nesta sexta-feira 21, em agenda de campanha no Recife (PE), a carta escrita e divulgada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na qual ele apela por união dos presidenciáveis que “não apostam em soluções extremas” no primeiro turno.

    Alckmin disse concordar “plenamente” com o texto de FHC, classificado pelo presidenciável como “uma reflexão sobre o momento político, dizendo ‘olha, os extremismos não vão ajudar o Brasil a sair da crise’”. O tucano descartou, no entanto, procurar os adversários de centro para construir uma alternativa única.

    “Eu não vou procurar candidatos porque respeito, é legítimo que eles o sejam. Mas a ideia é uma reflexão junto ao conjunto do eleitorado”, disse Geraldo Alckmin. Apesar de as pesquisas eleitorais indicarem grandes chances de um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), Alckmin voltou a declarar que a eleição será definida pela campanha nos próximos  quinze dias.

    Na missiva, o ex-presidente não cita diretamente o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto. Após a divulgação do texto, contudo, ele publicou em sua conta no Twitter que o tucano “veste o figurino” de candidato moderado descrito na carta.

    Também por meio da rede social, Marina Silva, candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência, insinuou hoje que o gesto de FHC se destina a viabilizar apoios a Geraldo Alckmin. “Ninguém chama para tirar as medidas com a roupa pronta”, tuitou Marina.

    Durante o fórum Amarelas ao Vivo, promovido por VEJA na quarta-feira 19, os demais candidatos de centro, Alvaro Dias, Henrique Meirelles e João Amoêdo, este mais à direita que os demais, também descartaram apoiar um adversário mais competitivo para evitar a polarização entre Bolsonaro e Haddad no segundo turno.

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