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Alckmin chama governo de ‘improvisado’ e Ciro ataca Bolsonaro: ‘idiota’

Em fórum nos EUA, tucano criticou agenda 'antiquíssima' do presidente e o pedetista disse ver o governo 'na antecedência de uma grande confusão'

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 6 abr 2019, 09h00 - Publicado em 6 abr 2019, 08h40
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  • O governo do presidente Jair Bolsonaro foi alvo de críticas de ex-presidenciáveis que participaram de debate organizado pelos alunos brasileiros das universidades de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ambos nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, 4.

    Ciro Gomes (PDT) afirmou que Bolsonaro está na iminência de uma “grande confusão” e que o Brasil “optou por um idiota” e Geraldo Alckmin (PSDB) avaliou que o governo tem sofrido um rápido “desgaste de material”. O tucano chamou ainda o governo de “improvisado, heterogêneo, com uma pauta equivocada, uma agenda antiquíssima”.

    Alckmin criticou debates atuais do governo e a definição de “nova política”, usada por bolsonaristas para definir a atual gestão. “Nós estamos discutindo se o nazismo é de esquerda ou de direita, se o golpe foi golpe ou não foi golpe. Uma agenda velhíssima. Não temos nova e velha política, temos boa e má política. A boa política não envelhece”, afirmou o tucano. O ex-governador de São Paulo reiterou que o PSDB não fará parte da base do governo e disse que o partido irá “votar os projetos que forem importantes ao País”. “É o PT, só que de ponta cabeça”, disse Alckmin sobre o que chamou de maniqueísmo do governo.

    “Hoje, o governo Bolsonaro está na antecedência de uma grande confusão. É o que vem por aí. Não é impeachment, não há organização para isso. Estamos na iminência de uma brutal confusão”, afirmou Ciro Gomes, que foi aplaudido pela plateia quando afirmou que o Brasil “optou por um idiota”. “Não é idiota como palavrão, é como está nos dicionários: uma pessoa com incapacidade de raciocinar”, disse. Para Ciro, polêmicas do novo governo são um “jogo de distração”.

    A política de aproximação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também foi objeto de críticas dos ex-presidenciáveis. Alckmin afirmou que o Brasil é “caudatário do Trump, sem a menor necessidade”. “Compra uma briga com o mundo árabe de graça”, disse o tucano. Ciro chamou de “uma vassalagem vergonhosa ao Trump, coisa nojenta”. Em referência à atuação do filho de Bolsonaro, deputado Eduardo Bolsonaro, na política externa, disse que ele estaria “mexendo em coisa séria”.

    Para Geraldo Alckmin, concordando com críticas do pedetista, a reforma da previdência apresentada pelo governo que é “cheia de jabutis”. O tucano também afirmou que “há uma crise política” no país, ao defender uma reforma política e eleitoral. “Precisamos valorizar instituições. Os partidos políticos se enfraqueceram, estão artificiais”, disse Alckmin.

    Já o secretário da Fazenda de São Paulo e candidato derrotado pelo MDB, Henrique Meirelles, afirmou que país “está fazendo para reverter essa queda de produtividade e aumentar, porque isso que irá definir cada vez mais o padrão de renda da população brasileira. Temos que sair da discussão apaixonante, das questões de política”, afirmou Meirelles.

    O ex-candidato pelo PT, Fernando Haddad, cancelou a participação no evento e o ex-candidato pelo PSOL, Guilherme Boulos, está presente na conferência em Harvard, mas não é um dos debatedores do painel com presidenciáveis de 2018.

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